Durante o encontro, o público presente aproveitou as palestras e os debates sobre a história do curso. A chefe do departamento, professora Verônica Oliveira Vianna, comenta que “a programação foi de homenagens aos professores que pensaram e batalharam para criação do curso”. Também foram homenageados os alunos egressos, numa celebração ao primeiro reencontro pós-pandemia de fundadores, formados, graduandos e pós-graduandos.
Histórico
Tudo começou depois da Resolução nº 270, de 02 de outubro de 2001, que deu início aos trabalhos para implementação da graduação. O nascimento do curso anda lado a lado com o desenvolvimento dos Campos Gerais e sua história dentro do agro e na bacia leiteira do Paraná. Um dos pioneiros foi o professor João Ricardo Alves Pereira, que participou desde a primeira proposta para criação do Departamento. O projeto iniciou em 2000, quando ele voltou do doutorado e começou a trabalhar na organização. “Já tínhamos uma estrutura por conta do curso de Agronomia e sabíamos que era uma demanda regional. Por praticamente dois anos, o grupo trabalhou para adequar o curso ao perfil da região. “Isso aconteceu por conta da pecuária e agricultura desenvolvidas”, reforça.
Além da elaboração do projeto do curso, João foi coordenador do Departamento até a formatura da primeira turma, em 2006, juntamente com a professora Maria Aparecida Gonçalves da Fonseca Martins. “O sentimento é forte, não só pelos profissionais que o curso formou, mas pelas famílias presentes na comemoração que se originaram dentro da Zootecnia, histórias de vida de profissionais que vivem disso e contribuem para um mundo e uma profissão cada vez melhores”, comenta emocionado o professor. Sobre seus votos para o futuro do curso, João deseja que o curso continue a crescer. “Sempre com o perfil voltado à demanda da sociedade, tendo responsabilidade social, contribuindo por uma UEPG e um curso cada vez mais fortes”, completa.
Atualmente
O curso conta com 186 acadêmicos regularmente matriculados, que se somam aos 391 profissionais já formados. O evento também abordou o desenvolvimento do Programa de pós-graduação em Zootecnia, que atualmente é conceito 4 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Para Fernando, entrar no curso foi uma de suas coisas mais empolgantes. “Nunca tive muito convívio com o campo, sempre morei na cidade, então quando entrei no curso e me deparei com tudo aquilo, todas as matérias e informações passadas pelos professores, achei a coisa mais legal do mundo. Para mim era tudo novidade.” Ao comentar sobre suas expectativas, Fernando já sabe o que quer: “minha expectativa é me formar e começar a trabalhar, mas de tudo que vivi eu tenho uma certeza: estou me formando bem! Todos os professores do curso de Zootecnia da UEPG são excelentes”.
Os zootecnistas podem atuar em indústrias ou campo, na assistência técnica, assessoria e consultoria de produção animal; também são capazes de atuar em instituições de ensino e pesquisa, realizar análises químicas e físicas sobre a alimentação animal e, ainda, podem participar do desenvolvimento de produtos agropecuários. “Com o aumento da popularidade da área, acredito que mais pessoas podem se interessar pelo curso e posteriormente ajudar a melhorar o nível da Zootecnia, como já vem sendo feito. Estamos em constante crescimento”, finaliza Fernando.
Premiações
Wilson comenta que foi uma honra receber o prêmio justamente no momento em que se celebram duas décadas de curso. “Fico feliz em contribuir para o crescimento do curso e pelo reconhecimento da graduação e pós-graduação em Zootecnia da UEPG entre os melhores cursos do Brasil, tão importantes para o desenvolvimento regional e nacional da Zootecnia no país”, destaca.
O curso investe em ações de inovação na curricularização, para aproximar a comunidade externa, integrar ações de extensão e pesquisa, além de modernizar a grade curricular para atender a demanda do mercado. O professor enfatiza que o fato de terem recebido nota 4 da Capes possibilitará aos professores mais competitividade para projetos em cooperação com outras instituições nacionais e internacionais e empresas. “Isso trará grande contribuição para o desenvolvimento social econômico da região, além de formação de mão de obra qualificada para o mercado brasileiro”.
Estrutura
Todo o esforço é reconhecido: no Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade), o curso obteve nota máxima em 2019, ficando na 4ª colocação no Brasil, dentre os 120 cursos de zootecnia autorizados pelo Ministério da Educação (MEC) e em 1º lugar nos cursos de zootecnia da região Sul.
A aluna do mestrado da Pós em zootecnia, Luiza Caroline Chiezi Mendes, ressalta a característica multidisciplinar do curso. “O que é o que todo zootecnista precisa ser!”, salienta. A área estudada por Luiza é focada na produção, nutrição de ruminantes e forragicultura, e se experimento é dentro da seara de sistemas integrados de produção. “Ao mesmo tempo que envolve a parte de desempenho animal, preciso entender sobre a fisiologia vegetal, nutrição, manejo e gestão, já que em sistemas integrados uma etapa depende da outra”, explica a estudante.
Participar do mestrado, para Luiza, é uma decisão acertada e que retornará os benefícios para a comunidade. Por meio do mestrado, Luiza percebe o quando a pesquisa é fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias e impacta o setor alimentício. “Que o Programa de Pós Graduação em Zootecnia se torne referência quando se trata de ensino de qualidade de universidade pública no Brasil de pós-graduação, já que estamos localizados em uma região privilegiada para o desenvolvimento do agro brasileiro”.
No último vestibular, foram 113 concorrentes inscritos, entre cotas e vagas universais, para concorrer às 34 vagas a serem preenchidas. Os aprovados no curso poderão, além de aproveitar a graduação, participar dos grupos de pesquisa e projetos de extensão ofertados pelo departamento, além de planejar um futuro brilhante ao carregar o sobrenome UEPG.
Texto: Amanda Santos | Fotos: Maurício Bollete e Aline Jasper