O resgate da raça Moura é foco de um dos projetos da Universidade Estadual de Ponta Grossa em parceria com a Universidade Federal do Paraná. A raça, trazida ao Brasil por portugueses e espanhóis durante o período colonial, quase entrou em extinção nos últimos anos.
Atualmente, o trabalho de conservação e multiplicação da raça de suínos é realizado na Fazenda Escola Capão da Onça e faz parte de um projeto de extensão desenvolvido por graduandos do curso de zootecnia sob a coordenação da professora Maria Marta Loddi.
A professora explica como ocorreu o processo de resgate, “nós fizemos um mapeamento no Paraná onde existiam poucos núcleos de criadores e introduzimos materiais genéticos de Santa Catarina, da Embrapa, e do Rio Grande do Sul. Dessa forma, aumentamos o número de criadores no Estado e estamos salvando a raça da extinção”, afirma.
A raça predominante no sul do país é tradicionalmente criada de maneira rústica, solta em pastagens e florestas nativas. As características marcantes dos suínos atraem cada vez mais chefs de cozinha e açougues gourmets. “A qualidade da carne está no alto nível de marmoreio que é a gordura entremeada nas fibras musculares. Isso torna o prato mais macio e saboroso”, diz Maria Marta.
Em setembro, os produtores de porcos da raça Moura fundaram uma associação para a definição das normas comuns. Além de valorizar a raça, o objetivo do grupo é obter a marca coletiva e a certificação de origem geográfica, que poderá valorizar ainda mais os produtos oriundos do animal. “Queremos fortalecer a raça, a sua comercialização e também, fazer com que o porco Moura chegue a outros Estados”, finaliza Maria Marta.
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