A professora Susete Wambier Christo, docente do departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), completou três anos de participação na associação Bivalves de Água Doce da América do Sul (BIVAAs), organização internacional formada em 2012 que promove o estudo e a conservação dos bivalves, conhecidos como mexilhões de rio ou, simplesmente, conchas.
A docente destaca a importância da conscientização da população sobre a diversidade e importância das conchas da água doce do continente. “Atualmente, muitas das nossas espécies nativas se encontram ameaçadas em função de poluentes nos rios, construções de barragens, introdução de espécies exóticas, entre outras atividades antrópicas. A associação tem como objetivo principal a conservação desse grupo de moluscos que possuem um papel importante no ambiente dulcícola (de água doce)”, explica Susete.
Para a professora, fazer parte desta organização é uma possibilidade de ampliar as pesquisas e conquistar novas parcerias para a UEPG. “Nossa ideia é a ampliação do conhecimento e da equipe no Paraná, necessárias para o desenvolvimento das atividades de pesquisa e divulgação destes bivalves. Assim como, a possibilidade de novas frentes de pesquisas e parcerias na UEPG”, afirma.
Os bivalves de água doce são fundamentais nos ambientes aquáticos continentais, uma vez que se alimentam de bactérias e algas mantendo as águas limpas, além de serem fonte de alimento de peixes e outros animais. A América do Sul, com quase 200 espécies, é o segundo continente em diversidade de bivalves de água doce no mundo.
Texto: Julio César Prado Foto: Divulgação/Zoologia UEPG