Proex e Prograd debatem curricularização da extensão em primeiro ciclo de debates

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Repensar as possibilidades metodológicas e a creditação de extensão no ensino. Esse foi o tema debatido na manhã desta terça-feira (25), no Ciclo de Debates sobre Curricularização da Extensão, transmitido ao vivo no YouTube. Organizado pela Pró-Reitoria de Assuntos Culturais (Proex) e Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) o evento faz parte de uma agenda que compreende mais dois encontros nos próximos meses. Neste primeiro dia, o debate contou com a fala da professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), Sandra de Fátima Batista de Deus, além da apresentação do Coro Infantojuvenil Tons e Cores.

O professor Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG, abriu o evento e reforçou a importância da união entre as pró-reitorias de graduação e extensão. “Essa união nasce de uma visão de que a universidade precisa caminhar com a comunidade. Se queremos manter o ensino público de qualidade no Brasil, não podemos deixar de fazer essa relação onde as instituições estão inseridas”. Sanches Neto ainda ressalta que a discussão faz parte das metas da gestão. “É um desafio que não podemos fugir. Com o apoio da comunidade, refletindo as dores e angustias delas, nós poderemos continuar defendendo a universidade pública no Brasil e fazê-la necessária”. O reitor ainda parabenizou as pró-reitorias pela iniciativa do evento.

Carlos Williams Jacques Moraes, pró-reitor da Prograd, reforçou o momento histórico do trabalho entre as pró-reitorias. “Nós entendemos que a extensão é um dos eixos fundamentais da formação acadêmica, e agora temos a oportunidade de reconhecer, de modo curricular, aquilo que representa a discussão da extensão”. O pró-reitor explica que a extensão ganha legitimidade quando caminha junto com uma política de Estado. “Assim, ela se insere nas nossas atividades curriculares como proposta acadêmica com foco na comunidade. Focar na comunidade é nos retroalimentarmos enquanto processo normativo”, completa.

Para pró-reitora da Proex, Édina Schimanski, o debate da curricularização da extensão já foi superado e agora é necessário um prazo para implantação. “Este conceito chegou nas universidades para ser implantado, e cabe a nós encaminharmos o processo de forma tranquila, pois sabemos que tudo tem que ser feito com muito cuidado, para que seja implantado da melhor forma possível”. Édina conta que a Proex, conjuntamente com a Prograd, conversa sobre o tema com professores e alunos. “Tivemos um ótimo retorno da comunidade acadêmica. Estamos fechando um documento oficial da UEPG com todas as especificidades sobre a curricularização da extensão, o que será também debatido por todos”.

Durante sua fala, a professora Sandra de Deus refletiu sobre a extensão universitária no contexto político atual. Segundo ela, a universidade precisa ter uma estratégia que evite a evasão dos alunos. “A extensão é uma das formas, porque permite que os estudantes não fiquem presos e realizem uma atividade prática”. Segundo Sandra, para chegar a um modelo ideal de curricularização é necessário refletir sobre a sociedade e suas características. “Temos papel importantíssimo em um país que impera uma forte desigualdade. É nesse cenário que as universidade devem se posicionar contra posturas dominantes e ao lado da comunidade externa, principalmente das minorias”.

A programação segue em 22 de junho e 20 de julho, com início às 9h e transmissão ao vivo aqui.

Texto e Foto: Jéssica Natal


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