O ensino se alia com o trabalho em saúde na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). No Dia do Assistente Social, comemorado neste domingo (15), professoras do curso de Serviço Social da UEPG e assistentes sociais do Hospital Universitário mostram a atuação conjunta, na teoria e prática, na formação de residentes e na reflexão do fazer profissional.
O assistente social no ambiente hospitalar trabalha para garantir que direitos de pacientes que utilizam o serviço e fazer a intermediação entre usuários, equipes e profissionais. “Mas ele também tem um olhar para fora do Hospital, avaliando a realidade e trabalhando sempre na mediação das famílias e pacientes, sempre focado na saúde ampliada”, destaca Lucimara. Para o assistente social, o paciente é um sujeito para além da doença que apresenta. “Trazemos essas questões para as equipes entenderem isso, o que auxilia no crescimento da instituição e da conexão da teoria com a prática”, complementa.
Para chefe do Setor de Serviço Social do HU, Kelly Crivoi, o assistente social precisa ter o olhar diferenciado para o paciente. “Não nos preocupamos somente com a questão biológica da saúde, mas temos uma visão holística, pensando no social e cultural, em busca de oferecer um atendimento com humanização, cuidado e acolhimento”, ressalta. O tratamento vai além da alta. “Mediamos a articulação de redes de serviço, para que, quando o paciente tenha alta, ele possa encontrar o melhor tratamento em ponte com os municípios, visualizando o todo”.
Ensino
No ensino, a professora do Departamento de Serviço Social, Danuta Cantoia Luiz, destaca a importância das das Residências Multiprofissionais e suas preceptoras do HU. “Eles vivenciam um processo de formação profissional, através das práticas realizadas e de alternativas de pesquisa no Serviço Social no âmbito hospitalar”. Danuta é uma das professoras que leciona a parte teórica aos residentes. “Esta categoria profissional, que desempenha papel fundamental nas equipes multiprofissionais, desenvolve as competências técnicas de atuação nos determinantes sociais da saúde pública. Parabéns Assistentes Sociais por fazer o espaço do HU mais humanizado”.
A assistente social Agatha Lima Corione é filha da UEPG – formada na graduação, ela fez estágio no Hospital e depois voltou para realizar a Residência Multiprofissional em Intensivismo. “A experiência que adquiri aqui me ajudou a exercer meu papel em outras instituições de saúde, como na maneira de entrevistas, observar e acolher o que o paciente precisa”, conta. O aprendizado durante a residência será levado para toda a carreira profissional de Agatha. “Quando voltei, trouxe tudo o que aprendi no estágio e residência, sem dúvida, me formar aqui fez diferença na minha carreira como assistente social”.
Quem ainda está na residência também reflete o aprendizado prático no Hospital e teórico com professores da UEPG. “Aqui é uma oportunidade de colocar em prática o que vimos e vejo que aqui há uma dimensão capaz de integralizar a politica para além do cuidado no Hospital”, explica a residente Mariana Farias. Vinda da Bahia, Mariana destaca a qualidade das aulas com professores da UEPG. “Estou gostando bastante, as aulas nos dão momento para refletir a prática, com professoras bem capacitadas. A gente entra no cuidado integral e temos certeza que somos uma ferramenta importante, articulando o conceito ampliado de saúde”, completa.
Texto e fotos: Jéssica Natal