“Ser rondonista é conhecer o Brasil para muito além de olhá-lo num mapa na parede, mas precisamos caminhar sobre ele” – Marechal Cândido Rondon
O Núcleo Extensionista Rondon da Universidade Estadual de Ponta Grossa (NER-UEPG) abriu inscrições para o Projeto Rondon 2023, na última segunda-feira (27). As inscrições devem ser feitas até 10 de abril. A operação deste ano, intitulada “Sentinela Avançada”, ocorre no município de São Felipe d’Oeste, em Rondônia, entre 06 e 23 de julho.
Para a edição 2023, serão selecionados oito estudantes da UEPG, com a possibilidade de vagas para três suplentes. Podem se inscrever alunos de 22 cursos de graduação da UEPG. A relação de documentos a serem enviados, fichas de inscrição e regras para participação constam em anexo no edital aqui.
Para a coordenadora do Projeto Rondon na UEPG, professora Marilisa do Rocio Oliveira, é fundamental que a Universidade ofereça aos alunos oportunidades de viver experiências que enriqueçam a formação. “O Projeto Rondon é a maior universidade a céu aberto, onde tanto alunos quanto professores podem sentir a diferença em suas formações”. Ela destaca o papel transformador que a UEPG desempenha nas missões do Projeto. “As operações são o momento em que nossos alunos conhecem por completo a universidade da qual fazem parte. O alunos se reconhecem na sua formação, observando e combatendo a miséria, as desigualdades e a ausência de políticas públicas que afetam aquela comunidade onde está atuando”.
Desde a criação do Projeto Rondon, em 2005, a UEPG participa de todas as edições – a primeira operação ocorreu em 2006, no Vale do Ribeira, na divisa entre os estados do Paraná e São Paulo. Durante todo o período em que participou do projeto, a UEPG enviou quase duzentos alunos para diferentes regiões do Brasil. Em 2014, foi criado o projeto de Extensão Operação Rondon UEPG, com ações nos municípios dos Campos Gerais. Interrompidas pela pandemia, as ações foram retomadas em 2022, com a “Operação Amapá mais Forte”, no município amapaense de Calçoene.
Geógrafa e pesquisadora formada pela UEPG, Ana Paula Meira (foto ao lado) participou da operação no Amapá ano passado. Ela afirma que participar do projeto foi uma experiência enriquecedora. “O que me marcou foi observar e reconhecer o impacto que nós, enquanto Universidade, temos para a população. As pessoas esperam muito de nós”. Ana Paula destaca que ser rondonista é uma grande responsabilidade, pois o projeto exige disciplina e uma postura de respeito com a comunidade. “Você precisa passar confiança e ter vontade de participar das mudanças coletivas que transformam a vida das pessoas. Se essa é a aspiração do candidato, a experiência valerá cada minuto”.
Seleção
O processo de seleção dos rondonistas acontece por meio da análise dos documentos solicitados e de um texto escrito pelo candidato, que deve conter a justificativa para a participação no projeto. Após o envio dos documentos, os candidatos serão convocados, via e-mail, para a defesa das justificativas. Os acadêmicos selecionados para a operação serão anunciados no dia 1° de maio, em edital na página do Projeto.
O Projeto Rondon é coordenado pelo Ministério da Defesa, em parceria com outros Ministérios, órgãos federais e estaduais, como a UEPG, com o objetivo de empregar o conhecimento aprendido por estudantes universitários na intervenção em comunidades em vulnerabilidade social. São realizadas ações específicas relacionadas à formação dos alunos que ofereçam serviços básicos ausentes nas comunidades impactadas pelo Projeto. O Rondon atua em municípios no interior do Brasil, marcados pelo baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Para saber mais sobre a participação da UEPG no Projeto Rondon confira a notícia feita ano passado (2022), com depoimentos de vários rondonistas da universidade.
Texto: Gabriel Miguel | Fotos: Letícia Lupepsa, Jéssica Natal e Silvio Luiz Rutz da Silva