Na noite de segunda (21), a Liga Acadêmica de Saúde da Família da UEPG, junto ao Núcleo de Pesquisa em Saúde Pública (Nesp) e em parceria com a Fundação Municipal de Saúde, promoveu o primeiro encontro “One Health Metting”. O evento debateu a Saúde Única e contou com a participação de acadêmicos de medicina, enfermagem, farmácia, biologia e residentes de saúde coletiva.
Na mesa de discussões, o palestrante Alexander Welker Biondo falou sobre as vulnerabilidades sociais e a interação humano-animal; Louise Nicolle Bach Kmetiuk abordou o impacto dos javalis na Saúde Única dos Campos Gerais; e Renato Van Wilpe Bach tratou da Saúde Única em pediatria. Segundo a organização do evento, o objetivo foi contribuir com a formação dos futuros profissionais de saúde para os desafios cotidianos. “O Brasil apresenta um perfil epidemiológico de morbidades bastante amplo, com aumento das condições crônicas, doenças emergentes, como ebola, Zika, chicungunha e as doenças reemergentes, como dengue, febre amarela e tuberculose. Essas demandas cada vez mais desafiam os profissionais de saúde”, destacam os organizadores.
A Saúde Única representa uma visão integrada, que considera a indissociabilidade entre saúde humana, saúde animal e saúde ambiental. O conceito foi proposto por organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), reconhecendo que existe um vínculo muito estreito entre o ambiente, as doenças em animais e a saúde humana.
A conceito de Saúde Única define políticas, legislação, pesquisa e implementação de programas em que múltiplos setores se comunicam e trabalham em conjunto nas ações para a diminuição de riscos e manutenção da saúde. Essa integração pode contribuir para a eficácia das ações em Saúde Pública, com redução dos riscos para a saúde global.