Dara Marin, egressa da UEPG, é pesquisadora na França e guia para futuros cientistas

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O célebre rol de egressos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) passou a ter mais uma representante internacional. Dara Marin, bacharela em Física, é atualmente pós-doutoranda em Lille, ao norte da França, mas tem suas raízes em Ponta Grossa, mais especificamente no Campus Uvaranas. Com toda a experiência adquirida, Dara resolveu que ajudar os jovens pesquisadores e futuros cientistas era uma opção especial.

A pesquisadora criou um canal no YouTube em que explica passo a passo de como se tornar um cientista internacional, desde a documentação para estudar fora, até dicas como encontrar a vaga mais adequada e se candidatar para ela. “Bastante gente vem me perguntar como é o doutorado aqui, quais as diferenças pro Brasil e como se candidatar, então eu achei mais fácil fazer alguns vídeos pra responder essas perguntas. Não é nada grande, mas são as questões que eu me bati bastante pra entender e responder”, explica.

Dara entrou na graduação em 2015, guiada pelo interesse em Ciências Naturais. “Na época, eu ainda não tinha muita noção da carreira na Física e nem cogitava uma carreira internacional, mas, desde que entrei no curso, acabei me apaixonando pela parte da pesquisa”, comenta. A pesquisadora afirma ainda que o interesse só aumentou quando ela entrou no projeto de iniciação científica do laboratório de física dos materiais, com o professor Francisco Serbena.

A convivência no laboratório, em que pesquisou com alunos de pós-graduação e passou a entender como funcionava a área de pesquisa em física, resultou na ideia de se especializar no interior. “Cogitei o exterior por várias razões. A primeira era realmente um sonho de conhecer a Europa e ver como a ciência era desenvolvida; a segunda era que, na época, o Brasil passava por uma crise muito grande na educação, era muito difícil ter uma perspectiva de futuro e de bolsa para realizar um projeto de doutorado”, explica.

Com a experiência adquirida em física experimental e também em teórica, Dara mapeou que o projeto que juntava esses dois domínios e culminaria em uma boa pesquisa estava localizado em Marseille. A escolha poderia implicar em questões sobre o domínio do idioma, mas a estadia de Dara na UEPG foi além da pesquisa: enquanto ainda era mestranda, Dara estudou a língua no Paraná fala Francês, projeto desenvolvido pelo Governo do Estado e disponibilizado nas instituições de Ensino Superior. Como a rotina de mestrado era puxada, ela precisou parar de estudar o idioma por um tempo. Entretanto, concluindo o mestrado, Dara partiu para novos países – e novas aventuras.

Então, Dara partiu para a França com o foco ajustado para estudar estados magnéticos em nanopartículas de ZnO, através de uma técnica conhecida como “ressonância paramagnética eletrônica”. A aventura vivida no doutorado e pós-doutorado é carregada de sentimentos positivos em relação à UEPG. “Eu sou realmente muito grata a todo o departamento de física da UEPG, e desde que eu comentei que tinha esse projeto de fazer o doutorado no exterior, eu sempre fui muito incentivada, principalmente pelo meu orientador”, celebra.

Texto: Amanda Santos | Fotos: acervo pessoal

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