FUC e Fenata se tornam patrimônio imaterial de Ponta Grossa

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O Festival Universitário da Canção (FUC) e o Festival Nacional de Teatro da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Fenata-UEPG) agora são patrimônio imaterial do município. O Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac) aprovou, por unanimidade, a salvaguarda dos Festivais em reunião no último sábado (17), durante o evento PG Memória. A eleição do FUC e Fenata à condição de patrimônio foi proposta pela Secretaria Municipal de Cultura e defendida pelos representantes da UEPG no Compac, professor Renato van Wilpe Bach e Jeverson Nascimento.

O título de patrimônio imaterial é concedido às tradições culturais ligadas à memória e à identidade da população. A medida garante aos Festivais a proteção e assegura a permanência e continuidade da sua manifestação dentro do cenário cultural do município. Na mesma reunião, outras manifestações locais, como festas religiosas católicas e de matriz africana, a torcida do Operário Ferroviário Esporte Clube (Ofec), tradições folclóricas e elementos da culinária também receberam o título de patrimônio imaterial. “O Fenata e o FUC serem representados junto a essas manifestações demonstram a importância da UEPG na construção de nossa identidade cultural. Somos uma Universidade que se estende para além de seus muros, contribuindo com a sociedade”, destaca Renato.

Durante a defesa, os conselheiros destacaram o impacto do FUC e do Fenata para a cultura ponta-grossense ao longo de meio século, com a formação de um público cativo e crítico. Entre os argumentos empregados na defesa do Fenata, Jeverson Nascimento destaca que há 50 anos o Festival promove e valoriza, de forma ininterrupta, o teatro em Ponta Grossa, o que proporcionou a vinda de peças e artistas de renome. Renato exaltou o valor histórico e o pioneirismo do FUC, criado pelo movimento estudantil da UEPG durante a ditadura militar e que sobreviveu à censura.

“Para compreender a importância do FUC, basta correr os olhos pela lista de nomes que compõem seu corpo de jurados, de expressão local e nacional, a participação de artistas convidados, e o sucesso de público ao longo de 36 edições”, comenta Renato, sobre sua defesa ao Festival da Canção junto aos conselheiros. Jeverson resgatou relevância dos Festivais para a cidade. “O Festival acontece em múltiplos espaços e formas e oportuniza a formação artística. A salvaguarda mostra uma UEPG cada vez mais integrada à sociedade. É um presente que a instituição oferece à cidade e esta por sua vez acolheu e garantiu sua preservação”.

Os servidores ressaltam a aceitação muito positiva pelos demais conselheiros à proposta. “Ela foi aceita por unanimidade, sem que houvesse discussão ou questionamentos, o que mostra que o Conselho estava convencido da importância de salvaguardar esse patrimônio cultural que a UEPG oferece à comunidade”, celebra Jeverson. Junto da conquista, vem a expectativa que o título traga novas oportunidades em edições futuras. “Este é um reconhecimento da comunidade sobre a importância dos Festivais, para garantir seu funcionamento, independentemente do momento. Com isso, temos o respaldo para alcançar novas oportunidades, na música e no teatro”, comemora o diretor de Assuntos Culturais da UEPG, professor Nelson Silva J’nior.

Texto: Gabriel Miguel | Fotos: Fábio Ansolin, Aline Jasper e Patrícia Camera (Arquivo pessoal)

 

 

 

 


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