Acontece na UEPG: 22º Conex e 7º Eaex

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex), realizou ontem (02), no Grande Auditório do Campus Centro, a abertura do 22º Encontro Conversando sobre a Extensão (Conex) e 7º Encontro Anual de Extensão (Eaex).

Os eventos acontecem de 02 a 04 de outubro, e o tema deste ano é ‘Extensão como componente curricular: desafios no contexto da implementação’. A abertura contou com as presenças do reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto; o vice-reitor Ivo Mottin Demiate; da pró-reitora de Extensão e Assuntos Culturais, Beatriz Gomes Nadal; e da Diretora de Extensão Universitária, professora Marina Tolentino Marinho.

Em seu discurso, Miguel Sanches Neto recordou momentos importantes da Extensão na UEPG e enfatizou a relevância do evento, um momento muito importante para a extensão no Brasil. “Nós estamos vivendo a terceira fase da extensão no Brasil e isso é muito importante para as universidades públicas brasileiras”, comenta. “É preciso lembrar que a extensão é uma aprendizagem com a comunidade. Não é levar o nosso conhecimento para a comunidade, mas construir conjuntamente esse conhecimento”. 

Sanches Neto reforçou que o que deve preponderar na extensão universitária é a relação horizontal da universidade com a comunidade. “É nesse contato que se estabelece o processo extensionista”, reforça. “Nós temos conhecimentos teóricos acumulados, nós temos o saber acumulado, nós temos referenciais acumulados, mas a extensão nos dá esse referencial social que é fundamental para o nosso conhecimento e, como eu tenho dito, para a sobrevivência da universidade pública nas próximas décadas”, completa. 

O vice-reitor Ivo Mottin Demiate celebrou a ocasião do 22º Conex e do sétimo Eaex, parabenizando a equipe e destacando a relevância da extensão na Universidade. “O desafio agora passa para um outro patamar com a curricularização da extensão universitária que nós estamos implementando, que o país todo está implementando”. 

Para a pró-reitora Beatriz Gomes Nadal, além do desafio, este é um momento de celebração. Beatriz reconhece não só a relevância da extensão, mas o tamanho da Proex e das ações vinculadas a essa pró-reitoria. “Falar de extensão é falar da Universidade acontecendo não apenas como um pé do tripé. A extensão é uma forma da Universidade estar na sociedade, uma forma interdisciplinar, uma forma dialógica, uma forma transformadora de se articular com a comunidade. Então, nesse sentido, ver mais de 300 trabalhos sendo apresentados, discutindo esses modos transformadores de se relacionar com a comunidade é de fato um momento de celebração”. 

Na edição de número 22 do Conex, estão inscritos 714 autores responsáveis por 363 trabalhos, os quais se organizam em oito eixos temáticos: Comunicação; Cultura; Direitos Humanos e Justiça; Educação; Meio Ambiente; Saúde; Tecnologia e Produção; e Trabalho. A diretora de extensão Marina Tolentino Marinho afirma que esta é uma “excelente oportunidade para que possamos aprofundar nossa análise sobre a atual conjuntura da extensão na nossa universidade”. A professora reconhece os esforços de todos para que a extensão garanta seu espaço de transformação social, “um impacto notável na vida dos estudantes, da comunidade, mesmo diante de tantos desafios”. 

Durante a abertura, a UEPG recebeu duas professoras para compartilharem seus processos na extensão universitária: Jaciele Carine Vidor Sell, Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e coordenadora institucional do projeto estratégico Geoparques; e Crishna Mirella de Andrade Correa, diretora de Extensão na UEM.

Experiência e oportunidade

Os estudantes Geraldo Pietrochinski Filho, do curso de Música, Amanda Stafin, do curso de Jornalismo, e Antônio Marins, do curso de Artes Visuais, estavam entre os alunos que apresentaram seus trabalhos durante o primeiro dia do Conex. Para Geraldo, do segundo ano, sua pesquisa foi uma oportunidade de ajudar a melhorar a comunicação e coerência entre as áreas da música e da dança. “Eu pude compreender, por meio das pesquisas para a elaboração do artigo, como deve ser a parte educacional da música junto a coreografia, contribuindo muito para o que estou cursando, visando a melhora para a minha formação profissional”, declara.

Amanda Stafin destaca que as apresentações no Conex contribuem não somente para que os alunos vivenciem o ambiente da extensão, compreendendo profundamente o trabalho como bolsistas, mas também são importantes para a formação profissional. Seu objeto de estudo é o projeto de extensão Cultura Plural, do curso de Jornalismo. Para ela, dar destaque à função social do jornalismo cultural é essencial para que o público entenda que a temática vai muito além da divulgação de eventos. “Compreender a importância dos grupos culturais para a comunidade é compreender como a sociedade se comporta”, enfatiza.

O extensionista de Artes Visuais Antônio Martins enxerga em seu trabalho apresentado uma visão interdisciplinar e uma oportunidade para revitalizar a arte do cordel por meio da música coral. “O Conex me fez enxergar o quanto a UEPG oferece, em termos de projetos de extensão. Pude conhecer várias iniciativas, algumas que têm ligação direta com meu curso, o que me fez perceber como a nossa formação vai muito além da sala de aula”, relata. “Foi muito bom ver como outros projetos também estão comprometidos em promover a arte, a cultura e o impacto social”.

O Conex segue até sexta-feira e a programação completa pode ser encontrada aqui

Texto: Domitila Gonzalez, com colaboração de Rafaela Koloda | Fotos: Domitila Gonzalez e Rafaela Koloda


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