Humai-UEPG realiza exposição sobre prematuridade

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O mês de novembro também é roxo, já que no dia 17 é comemorado o Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade. O Hospital Universitário Materno-infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Humai-UEPG) não poderia deixar a data passar sem relembrar os desafios, causas e consequências de um parto prematuro.

A diretora geral dos Hospitais Universitários da UEPG, professora Fabiana Postiglioni Mansani, destaca o trabalho das equipes altamente especializadas e com vasta experiência da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Humai, compostas por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogas, fisioterapeutas e farmacêuticas. O atendimento é referência para as três Regionais de Saúde dos Campos Gerais que comportam 28 municípios. “No Humai, as nossas equipes cumprem todos os protocolos do SUS, de forma humanizada, e ofertam alojamento para as mamães cujos bebês prematuros estão em fase de cuidado na UTI Neonatal e na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Isso traz uma segurança para os pais que estão sempre acompanhando a rotina de seu filho, mesmo durante o período de amadurecimento neonatal”, afirma a professora Fabiana. “A possibilidade de a mãe acompanhar seu bebê, mesmo na UTI, faz com que o contato pele a pele ofereça aconchego e com isso a evolução neonatal se dá de maneira mais eficaz”.

Segundo ela, a gestão dos HU-UEPG atende de maneira ampla todas as necessidades para que os serviços ofereçam cada vez mais qualidade de vida para os pacientes e também para a formação de futuros profissionais. “Isso pode levar a expertise das nossas equipes para mais pessoas e mais serviços de saúde”, finaliza.

A enfermeira Angela Maria B. de Souza é a coordenadora da UTI Neonatal e Pediátrica do Humai. Ela organizou a exposição para que se discutisse um pouco mais sobre a questão da prematuridade dos bebês. “O evento tinha como principal objetivo levar as equipes multiprofissionais de diferentes setores pertencentes ao Humai ao contexto do cuidado com o bebê prematuro”, explica. “A ideia foi levar a rotina da UTI em forma de exposição para os profissionais e familiares com estandes com atividades/procedimentos realizados pela equipe para demonstrar e também sanar dúvidas de familiares e acompanhantes”.

Segundo Angela, as equipes de enfermagem, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, farmácia e psicologia envolvidas com a UTI Neonatal montaram estandes de cada profissão, voltados a realidade do prematuro. “Visitaram a brinquedoteca, nestes dois dias, servidores da cozinha, recepção, clínicas e administrativo, onde foi explicado a eles as rotinas e cuidados de um neonato da UTI, como realizar banho de balde, o manejo correto da amamentação, as diferentes fases do leite materno, o atendimento prestado para os pais de bebês internados e um tabuleiro sobre as medicações utilizadas nos mesmos”.

Ela disse ainda que no mês de novembro a UTI foi colorida de roxo com flores, luzes, fotos e com muita alegria para comemorar as muitas vitórias de prematuros que passaram por lá e superaram essa fase. “Com a união de todos os colaboradores, que durante 24 horas por dia não medem esforços para manter a vida desses pequenos guerreiros que exigem cuidados especializados como nossa maior joia”, complementa Angela.

Com 11 anos de história, UTI neonatal do Humai atendeu mais de 1.000 pacientes

A história da UTI Neonatal é anterior à do Humai. Angela conta que ela foi criada no dia 08 de novembro de 2013, então no Hospital Universitário, com capacidade de seis leitos de UTI e dois de UCI. “Foram mais de 1.000 internamentos, dos quais mais de 50% foram de bebês prematuros, que necessitaram de uma média de permanência de no mínimo cinco dias na UTI. Para isso, é necessário o cuidado de toda uma equipe multiprofissional capacitada, que trabalha em busca do que há de melhor para salvar a vida desses pequenos”.

A coordenadora destaca, ainda, que a tecnologia de ponta faz parte do dia a dia de toda a equipe, principalmente com as incubadoras para manter os pequenos como se estivessem no útero materno, além de monitores e respiradores. “Mas na UTI neonatal não cuidamos apenas dos pequenos pacientes, sabemos que a família faz parte do tratamento e em todo o momento precisamos deles conosco. A psicologia e o serviço social têm papel fundamental para o fortalecimento desse laço da família com o bebê”.

Por fim, Ângela enfatiza a importância da formação dos residentes em neonatologia, no programa que desde 2017 forma enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, dentistas e assistentes sociais para atuarem nesse campo, que exige muito cuidado com os pequenos pacientes.

Texto e fotos: Tierri Angeluci


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