Coletivo Indígena da UEPG organiza lançamento de obras literárias

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O Coletivo de Estudos e Ações Indígenas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Ceai-UEPG) promove na próxima quinta e sexta-feira (27 e 28) a primeira edição do Abril Indígena. O evento celebra o lançamento de 10 obras literárias de temática indígena, chamadas de ‘Coleção Retomadas’ – reunidas e organizadas ao longo de dois anos pelos membros do Ceai. O encontro terá roda de conversa sobre os livros e situação dos povos indígenas do Brasil, com a presença dos autores das obras. O lançamento dos livros acontece a partir das 19h, no Grande Auditório da UEPG.

A Coleção Retomadas traz livros que apresentam e retomam perspectivas, conhecimentos, experiências e sentimentos da comunidade indígena brasileira. Lançadas primeiramente em forma de e-book, as obras foram reunidas por alunos indígenas que compõem o Ceai. “Eles já conheciam pessoas que escreviam, que tinham textos prontos, então reuniram TCCs, histórias em quadrinho, livros acadêmicos e textos que foram transcritos, respeitando a oralidade indígena. Aprendemos muito durante todos esse processo”, conta a professora coordenadora do Coletivo, Letícia Fraga.

Com a apoio do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, Pró-Reitoria de Assuntos Administrativos e Reitoria da UEPG, os e-books não têm propósito comercial e estão disponíveis gratuitamente, de forma online (aqui). “Os direitos autorais são dos autores indígenas, que distribuirão obras físicas em comunidades, e a Universidade atuou como parceira na viabilização da publicação, pois entendemos o compromisso social que temos com eles”, destaca Letícia.

Com o objetivo de valorizar a luta dos povos indígenas no Brasil, o evento já superou as expectativas, segundo a professora. “Não imaginávamos que conseguiríamos finalizar essa quantidade de obras, mas com o apoio da instituição vamos fazer o lançamento dos e-books e trazer todos os autores presencialmente”. Alguns dos livros possuem traduções para mais de um idioma, totalizando seis línguas: português, espanhol, inglês, francês, kaingang e guarani. O planejamento é de que nos próximos lançamentos os materiais sejam transcritos em mais idiomas indígenas. “Poderemos ouvir de pessoas indígenas as preocupações que eles têm e sobre casos em que foram e são vítimas desde o processo de colonização do nosso país”, finaliza Letícia. Mais informações sobre o evento estão disponíveis aqui.

Texto: Jéssica Natal | Foto de Capa: Leandro Taques | Foto interna: Luciane Navarro

 


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