Alunos de Medicina da UEPG orientam população sobre prevenção da obesidade

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O combate à obesidade foi o foco na tarde desta terça-feira (22). Em alusão ao Dia Mundial da Obesidade – 04 de março, alunos de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) realizaram uma ação para a comunidade no Terminal Central de Ônibus. A atividade envolveu aferição arterial, orientações sobre obesidade e cuidados com a saúde. O grupo de 20 alunos se dividiu das 12h às 19h, com auxílio de professores.

Sebastião Floriano, de 76 anos, sabe da importância de se cuidar. A “saúde de ferro” que ele mesmo descreve é consequência de acompanhamentos com profissionais da saúde. “Tem que se cuidar, tomar remédio, cuidar do corpo e sempre procurar médico se precisar. Quero viver até 120 anos e daí tem que se cuidar”, conta. A ação feita com os alunos veio como um lembrete de manter a pressão e o peso controlados. “Fui muito bem atendido, mediram a minha pressão, me orientaram. Tiveram muita paciência comigo”.

A atividade no Terminal Central é a retomada, após a pandemia, de ações de extensão para acadêmicos de Medicina,  com apoio da Liga Acadêmica de Terapêutica Médica Aplicada (Latem) e Liga Acadêmica de Medicina do Exercício e do Esporte (Lamee). “O curso de Medicina tem esse viés extensionista que dá a oportunidade aos alunos de estarem mais próximos da comunidade, não só pela característica da formação científica, mas também da humanização”, informa a professora do curso e diretora do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde (Sebisa), Fabiana Postiglioni Mansani. O fato de realizar a ação em um local de grande circulação de pessoas, como Terminal Central, facilita com que as informações organizadas pelos alunos cheguem com mais facilidade, segundo ela.  “O viés extensionista desenvolve no aluno uma formação complementar, que é a questão de ouvir, dar atenção e principalmente de humanização, de cuidado com quem mais precisa”, adiciona.

O trabalho de conclusão de curso de Jéssica Mainardes abordou a obesidade, com base na Pesquisa Nacional em Saúde. “Calculamos o índice da massa corporal da população e verificamos fatores que estavam associados à obesidade. Concluímos que mais da metade da população brasileira está acima do peso, na faixa de sobrepeso ou em grau de obesidade”, explica. Os dados da pesquisa foram a origem da iniciativa realizada nesta terça. “Muita gente não sabe que a obesidade é uma doença, porque muitos pensam ser algo natural. A gente consegue perceber que as pessoas não entendem a gravidade da obesidade e não entendem a relação com a hipertensão arterial”, explica. A obesidade é fator de risco para outras doenças crônicas, como diabetes e pressão alta. “Por isso pensamos em aferir a pressão e passar dicas de exercício físico e alimentação. Assim a gente aprende a como atender e conseguimos ter mais contato com a população, o que é muito legal”.

Prática

Em grupos de três a quatro pessoas, os acadêmicos anotavam em um papel o dia, horário e a medida da pressão. Caso apresente alguma alteração nos dados, o paciente era orientado a procurar a unidade de saúde mais próxima. “Eles receberam as nossas orientações muito bem, porque geralmente quem procura já está interessado em se cuidar”, ressalta o acadêmico Israel Marcondes.  Estar na prática de campo é forma de devolver para a sociedade o que é investido. “Como somos uma Universidade Pública que proporciona a extensão, esse contato com a comunidade é muito importante pro nosso desenvolvimento enquanto alunos. Nós precisamos demonstrar para a comunidade aquilo que eles precisam e aquilo que estamos aprendendo, é uma forma devolvermos o que eles estão nos proporcionando”, destaca.

A perfeição vem com a prática. Para a acadêmica Ana Luiza Luz é umas das primeiras atividades em campo desenvolvidas na graduação. “Por conta da pandemia, a gente não teve tanta atividade prática e esse retorno ajuda bastante a adquirir experiência”. A orientação passada para a população também proporciona aprendizado. “Além da gente passar pra população a questão da obesidade, o risco das comorbidades, a gente consegue aprender também e colocar em prática os conhecimentos aprendidos na faculdade”, completa.

Texto e fotos: Jéssica Natal


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