Em contato direto com a comunidade universitária. Foi assim que a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Prae-UEPG) desenvolveu atividades com estudantes, servidores e professores do Campus Central. A ação aconteceu nesta quinta-feira (29), com atendimentos e testagem rápida de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Ainda está prevista a mesma dinâmica na Central de Salas do Campus Uvaranas, na próxima quinta-feira (06).
Quem passasse pelo pátio interno da UEPG Centro podia saber mais sobre os serviços oferecidos pela Prae e ainda desabafar. A equipe de atendimento psicossocial entregou bilhetes com a pergunta “O que mais afeta sua saúde mental na universidade?”, com preenchimento anônimo pelos estudantes. O objetivo é identificar pontos em que a instituição pode trabalhar e melhorar junto aos acadêmicos. “Pro aluno se desenvolver intelectualmente, ele precisa de suporte, que nem sempre é técnico ou teórico. Ele também precisa de atenção, de amparo e retaguarda afetiva, para articular outros direitos que não somente o educacional”, destaca a professora Silmara Carneiro e Silva, chefe de projetos e programas da Prae. A partir da escuta qualificada, a Pró-Reitoria consegue fazer os encaminhamentos necessários, como ressalta Silmara. “É fundamental que o aluno tenha condição e conforto de enfrentar os desafios do ensino superior, e por isso a ideia da Prae é buscar de todas as formas se aproximar dos alunos”. 
A acadêmica do curso de Serviço Social, Maria Luiza Hass Rosa, participou da atividade e ressalta a importância de ações que geram afinidade da comunidade acadêmica com a instituição. “Eu gostei bastante de participar, acho que é muito importante esse tipo de ação ser desenvolvida sempre que possível, como uma forma de aproximar a comunidade universitária”. O atendimento presencial rendeu comentários virtuais, como a de Eduarda Machado, via Twitter: “Hoje falando com a psicóloga da @oficialUEPG tive certeza que escolhi a universidade certa pra seguir com meu sonho“.
Segundo a psicóloga Bruna Catapan Fidelis, a Prae promove ações preventivas para a permanência dos alunos. “A atividade é para entender o que está acontecendo na instituição, para que os estudantes tenham uma melhor adaptação e experiência na Universidade”. É preciso abrir a porta do diálogo para a permanência dos acadêmicos, segundo Bruna. “A saúde mental afeta qualquer área da nossa vida, então o serviço precisa estar presente em qualquer espaço, para ter um direcionamento”.
Testagens
Além do atendimento da Prae, ainda aconteceu testagem de ISTs, em parceria com o Serviço de Assistência Especializada (SAE) e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da Fundação Municipal de Saúde, com testes rápidos, distribuição de preservativos, divulgação sobre profilaxia pré e pós-exposição ao HIV. Jean Zuber, coordenador da SAE/CTA, explica que a estratégia de testagem rápida para investigação das ISTs está em todas as unidades de saúde. “Dentro da UEPG, [a ação] é importante, porque conseguimos alcançar um público que normalmente não está dentro dos serviços, por conta dos seus próprios compromissos acadêmicos”, conta.
A estratégia é oportunizar aos alunos o diagnóstico precoce. “Ainda existe a necessidade de despertar o olhar da comunidade acadêmica, para que cuidem da sua saúde, não somente para investigação, mas também para as estratégias de prevenção”. O acadêmico Rafael Dallagassa fez o teste e recebeu orientações. “Eu acho muito importante isso, porque às vezes as pessoas têm um certo preconceito com elas mesmas, então é importantíssimo essa atividade ocorrer aqui. Precisa fazer mais, foi maravilhoso”.
Como solicitar atendimento psicológico
Os alunos que quiserem atendimento psicológico podem procurar diretamente na sala da Prae, sala 42, prédio da Reitoria no Campus Uvaranas, ou agendar via WhatsApp (42 2102-8647 | 42 2102-8656). Familiares dos alunos também podem acionar a Prae, que fará a escuta ativa e a intermediação com o estudante. “É importante que os alunos passem pela Prae, porque se tem algo relacionado à instituição e gente consegue adequar, com um laudo ou diagnóstico, para fazer a adaptação pedagógica junto”, informa Bruna. Caso o atendimento psicológico seja de cunho pessoal, a Prae faz o encaminhamento para clínicas escola da cidade ou para o ambulatório de saúde da UEPG.
Texto e fotos: Jéssica Natal
