UEPG recebe mais de 1.600 novos alunos para ano letivo de 2022

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Novos sorrisos começaram a habitar os espaços da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Nesta segunda-feira (09), a instituição iniciou as atividades de acolhida para 1.609 calouros, ingressantes de 39 cursos da instituição. As atividades acontecem nos dois campi até sexta-feira (13), com setores de conhecimento, centros acadêmicos e atléticas.

Sorrisos transparentes. Dessa vez, sem máscara. Após a deliberação da Comissão de Biossegurança da UEPG, que desobrigou o uso de máscaras em ambientes abertos e fechados da instituição, os calouros puderam conhecer o rosto completo dos futuros colegas e professores. Maria Eduarda de Lima Matos, caloura do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, era uma das pessoas de sorriso aberto na solenidade de acolhida. Além de receber orientações sobre o funcionamento da Universidade, ela também participou da Cerimônia do Jaleco. “É uma gratidão enorme participar desse primeiro dia, porque é um curso que eu sempre quis fazer e, depois de ficar na lista de espera, finalmente consegui passar”, comemora. Maria tentou por quatro anos a tão sonhada aprovação. “Estudei muito, até fiz o cursinho popular da UEPG no Centro. A expectativa é poder fazer vários amigos e aproveitar tudo o que a Universidade tem para me proporcionar”, conta.

Desde que entrou no Ensino Médio, Rudielly Scheiffer estabeleceu como prioridade a UEPG como casa para fazer a graduação. “O processo de estudo foi em casa, vendo o conteúdo programático e pesquisando muito. Eram horas por dia estudando somente olhando as telas do celular e computador, até que chegou o dia do resultado do Vestibular”, relembra. Quando soube da aprovação em Ciências Contábeis, a emoção tomou conta. “Não sabia para quem ligava primeiro! Privilegiados são aqueles que entram em uma Universidade tão renomada como a UEPG, ainda mais de forma presencial”, salienta. Para Renata Calandrini, caloura de Medicina, as expectativas sobre ser aluna da UEPG são altas. “Eu estou muito nervosa, mas vai ser legal. Quero conhecer os veteranos, a Universidade, quero socializar e fazer um tour, para não me perder mais”, brinca.

O fato de iniciar as aulas de maneira presencial, depois de pouco mais de um ano e meio em regime remoto, deu segurança para a caloura de Turismo, Emilly Minella. “Faz uma grande diferença na hora de passar no Vestibular ou até mesmo em alguma prova semestral da UEPG”, explica. A aluna não esquece no dia da aprovação no curso. “Quando fiquei sabendo que passei, entrei no site direto e também vi na live do Facebook, foi uma grande alegria”, destaca. Para a caloura em Pedagogia, Fernanda Andrade, ser aluna de uma Universidade Pública conceituada como a UEPG traz responsabilidade. “Hoje, o nosso reitor citou sobre sermos a nova geração de acadêmicos pós pandemia e isso traz uma importância ainda maior. É muito gratificante”, pontua.

Veterano não trolla

Trote não é legal. Em consonância com a campanha da Prae, que alerta os estudantes sobre a proibição de situações físicas ou virtuais de constrangimento ou violência, a Atlética Los Bravos organizou para os calouros ações sociais voltadas para a comunidade durante esta semana. O início das atividades aconteceu nesta segunda-feira, com apresentação da Bateria e Tourada e equipe de cheerleading. “Minha participação na atlética das engenharias da UEPG, a Los Bravos, começou por meio do Trote Solidário”, conta a organizadora Geovanna Stadler. “Em 2019, participei da organização da primeira edição da acolhida e, desde então, a hora da recepção aos calouros se tornou um momento muito importante para a atlética, bateria e equipes esportivas”, informa.

Por conta da pandemia, a recepção do ano passado foi feita de forma on-line. “É muito gratificante poder olhar no olho de cada calouro de forma presencial”, comemora Geovanna. O objetivo com as ações solidárias, segundo ela, é mostrar para os calouros a importância da Universidade para a comunidade. “Para nós, da Atlética Los Bravos, é um momento de grande dedicação e felicidade por podermos acolher todos de forma presencial novamente”, finaliza.

A programação do Setor de Engenharias, Ciências Agrárias e de Tecnologia pode ser conferida aqui.

Acolhida

O cronograma de atividades de acolhida foi organizado pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). A pró-reitora Ione Jovino destaca que foi um grande desafio voltar a fazer um evento presencial, depois de dois anos. “Apresentamos a instituição como um todo e também algumas especificidades, assim trabalhamos para fazer um evento atrativo, marcante. Esse é o nosso desejo para a acolhida 2022”, completa.

“É um momento histórico ver a Universidade cheia e o auditório lotado. Vocês não sabem a alegria que é escutar o murmurinho de vocês”, comemora o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto. Durante a pandemia, segundo ele, era muito triste andar pelos corredores da UEPG e não ver todos os alunos e professores. “Vocês não sabem o quanto são importantes, pois são os primeiros calouros a iniciar um ano letivo na Universidade pós pandemia e, agora, fazem parte de uma história de mais de 50 anos da UEPG e de mais de 70 anos de ensino superior aqui. Viva a UEPG e viva os novos calouros”.

Durante as atividades de acolhida, aconteceu a Cerimônia do Jaleco para alunos do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde (Sebisa), evento que acontece tradicionalmente há 10 anos. De acordo com a diretora do Sebisa, Fabiana Postiglioni Mansani, a Cerimônia do Jaleco tem o objetivo de despertar nos acadêmicos o profissionalismo e a ética, estabelecendo um compromisso em relação às atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. “Ética é palavra que vai mover os alunos a partir de agora e vai para a vida profissional. Este evento reforça a importância da ética no nosso setor. Sejam todos bem-vindos. Aproveitem e vivam a Universidade. Não deixem passar, é o melhor momento de vida de vocês”, salienta. A solenidade aconteceu para alunos dos dos cursos de Farmácia, Odontologia, Enfermagem, Educação Física, Medicina e Ciências Biológicas.

“Nós formamos para a ciência e capacitamos vocês para as demandas dessa ciência”, destaca o pró-reitor de graduação Carlos Willians Jacques Morais. A UEPG não capacita para uma profissão, mas também constrói uma cidadania, segundo ele. “Nós formamos pessoas defensoras da ciência, da democracia e de uma vida melhor para todos. E vocês nos dão duas alegrias, quando entram e quando vocês se formam. Hoje, são duas conquistas – para vocês e para a instituição”, completa.

O cronograma completo de atividades de acolhida pode ser visto aqui.

Texto: Jéssica Natal | Fotos: Fabio Ansolin; Jéssica Natal; William Clarindo


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