Inclusão é a palavra da vez para a equipe do Hospital Materno-Infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Humai-UEPG). Na manhã desta quinta-feira (17), a equipe multiprofissional participou de um treinamento para receber orientações sobre como acolher corretamente famílias e crianças com deficiência. A ação faz parte da política da instituição de promover educação continuada aos servidores, por meio da Diretoria Acadêmica, para oferecer um atendimento humanizado e qualificado.
O modo que pessoas com deficiência foram tratadas ao longo da história foi o foco da apresentação da enfermeira Maria Karina Hartmann. Para ela, inserir discussões sobre acolhimento a famílias e pacientes com deficiência é fundamental. “Precisamos refletir sobre a história de políticas públicas, para que possamos entender que cada paciente deve ter atendimento diferenciado, de maneira a prestar a melhor assistência”.
A Lei Brasileira da Inclusão nº 13.146/15, que busca promover igualdade de condições e liberdades fundamentais para pessoas com deficiência, foi um dos tópicos relevantes discutidos, segundo a assistente social Ana Maria da Costa Carneiro. “Precisamos sempre pensar na inclusão da pessoa com deficiência em todos os espaços. Essa conversa de hoje nos ofereceu formas de nos comunicarmos de maneira qualificada, tanto com o paciente, quanto com a equipe multiprofissional”, salienta. Para a acadêmica de enfermagem Valderice Vasquez, o fato da capacitação ser oferecida para todos os setores é importante para mudanças definitivas no modo de trabalho. “Todos devem estar preparados para atender de maneira capacitada cada paciente, oferecendo ajuda com olhar clínico. Nós temos que trazer cada dia mais essa discussão para dentro da nossa rotina”, adiciona.
A orientação para as equipes acontece de forma continuada e abrange todos os setores do Hospital, desde área assistencial, até apoio e atendimento, em todos os turnos de trabalho. “A gente entende que o significado da humanização do atendimento vai muito além do que ouvir e compreender as necessidades das pessoas, é também atender com respeito, cordialidade e empatia”, ressalta a diretora do Humai, Maria Cristina Roque Ferreira. O atendimento humanizado, a capacidade de se colocar no lugar do outro e se sensibilizar pelo paciente faz diferença no trabalho em ambiente hospitalar, segundo ela. “Quando vc consegue trazer para a equipe conceitos, orientações e treinamentos sobre o atendimento humanizado, traz melhorias rápidas que são visíveis por pacientes, familiares e equipe”.
Texto e Fotos: Jéssica Natal
