UEPG alerta sobre nova variante do Coronavírus e o impacto na pandemia 

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Considerando o aumento de 120% na média móvel semanal de casos de Covid-19, no período entre 6 e 11 de novembro de 2022, em relação à média móvel nacional da semana anterior, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio dos seus Hospitais Universitários, publica nesta segunda-feira (14) nota sobre a Variante BQ.1, Omicron, Sars-CoV-2.

O texto informa as comunidades interna e externa sobre o tema, com base em dados científicos e informações do Ministério da Saúde. A nota descreve características da nova variante e alerta para a importância da vacinação em massa para evitar que o vírus se espalhe ainda mais. Paralelamente, o texto recomenda o uso de máscaras por indivíduos do grupo de risco.

O esclarecimento foi formulado pela direção geral e pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia das instituições hospitalares administradas pela UEPG.

Confira a nota na íntegra:

NOTA UEPG, HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS E NHE SOBRE O IMPACTO DA VARIANTE BQ.1 – OMICRON/SARS-CoV-2 NA PANDEMIA DA COVID-19

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio do Hospital Universitário dos  Campos Gerais e do Hospital Materno-Infantil, mantém seu compromisso de informar oportunamente, e com base em dados científicos, a comunidade interna e externa sobre a COVID-19.

A COVID-19 é uma doença de origem viral. Os vírus são estruturas que sofrem mudanças. Já são conhecidas diversas variantes,inhagens e sublinhagens genéticas do vírus SARS-CoV-2. Toda variante deve ser monitorada porque pode impactar na taxa de transmissão, quadros graves da doença e eficácia das vacinas.

No final de outubro/2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu parecer sobre as novas variantes da Omicron, BQ.1 e XBB e suas sublinhagens (BQ.1* e XBB*). Estas novas variantes podem trazer maior taxa de infecção e reinfecção, principalmente entre imunossuprimidos, idosos, indivíduos com condições crônicas importantes. Mas, estas hipóteses ainda estão sendo monitoradas pela OMS e seus países membros.

A variante Omicron continua a ser mundialmente a mais frequente nos casos de COVID-19. A nova variante BQ.1 tem tido crescimento significativo sobre outras linhagens da Omicron e já foi identificada em pelo menos 65 países, incluindo o Brasil. O impacto das novas variantes Omicron sobre a imunidade conferida pelas vacinas ainda está sendo estudado. Segundo a OMS, até o momento parecem não divergir de outras sublinhagens, e a resposta de saúde pública com as vacinas existentes e demais medidas de prevenção não farmacológicas podem ser suficientes.

O Ministério da Saúde informou que, entre 6 e 11 de novembro de 2022, houve um aumento de 120% na média móvel semanal de casos de COVID-19 (8.448) em relação à média móvel da semana anterior (3.834). A sublinhagem BQ.1 já foi sequenciada em 40 casos de 9 estados brasileiros. E o Ministério da Saúde também está identificando a sublinhagem BA.5.3.1 da Ômicron. O Ministério da Saúde afirma que neste momento não há evidências que sugiram maior gravidade da doença.

Ao longo de 2022, o país experimentou decréscimo nos casos, hospitalizações e óbitos causados pela COVID-19. Atribui-se a diminuição dos casos graves no Brasil à vacinação contra a doença oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A população mundial ainda está sob a situação de Emergência em Saúde Pública de Interesse Internacional (pandemia), segundo declarado pela OMS. Os paranaenses da região dos Campos Gerais devem manter comportamento preventivo para COVID-19 nos próximos meses, nos quais acontecerão Copa Mundial de Futebol, festividades de final de ano, férias escolares, e carnaval.

A UEPG e seus hospitais HURCG e HUMAI reafirmam as recomendações das autoridades sanitárias para que a população procure os serviços de saúde e faça o esquema vacinal completo (2 doses) e as doses de reforço contra a COVID-19, segundo faixa etária.

As medidas de proteção não farmacológicas como higiene das mãos, com água e sabão ou álcool 70%, são indispensáveis. Etiqueta da tosse e o uso de máscaras cirúrgicas para aqueles que estiverem com sintomas gripais devem ser mantidos.

O uso das máscaras de proteção deve ainda ser mantido por indivíduos com fatores de risco para complicações da COVID-19 (em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades); pessoas que tiveram contato com casos confirmados de COVID-19; pessoas em situações de maior risco de contaminação pela COVID-19 como locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e serviços de saúde.

Pessoas que apresentem sintomas gripais (febre, calafrios, tosse, dor de cabeça, dor de garganta, coriza), associados ou não a falta de ar, perda do paladar e do olfato, diarreia ou vômito, devem procurar os serviços de saúde do seu município e serão diagnosticadas e cuidadas de acordo com o quadro clínico.

Os hospitais HURCG e HUMAI, por meio do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH), Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e todos seus profissionais de saúde, continuam vigilantes, monitoram, isolam, realizam exames diagnósticos, e manejam diariamente os casos de sintomáticos respiratórios atendidos pelos hospitais, profissionais e colaboradores.

Todos os esforços têm sido mantidos para prevenção da doença COVID-19, e atendimento rápido e oportuno às pessoas com sintomas respiratórios. A gestão hospitalar está atenta aos alertas epidemiológicos internacionais, nacionais e estaduais. Qualquer mudança na situação epidemiológica hospitalar que possa ser relevante para a região será comunicada ao público. Os canais de comunicação com os hospitais HURCG, HUMAI estão abertos para dúvidas e esclarecimentos à população.

Prof. Dra. Fabiana Postiglione Mansani

Diretora Geral

HURCG/HUMAI

 

Foto: Aline Jasper

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