Alunos do Caar aprovados no Vestibular comemoram início das aulas na UEPG

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O bom filho permanece em casa. Os alunos do Colégio Agrícola Augusto Ribas da Universidade Estadual de Ponta Grossa continuam no lugar que chamam de lar, apesar do fim do ensino médio. Desta vez, eles retornam das férias de janeiro como alunos da graduação. Dos 100 estudantes que concluíram os estudos ano passado, 25 foram aprovados em vestibulares – a maioria iniciou as aulas nesta segunda-feira (19), na UEPG. Os caminhos, agora diferentes, iniciaram da mesma direção para todos: por meio da educação e valores aprendidos no Caar.

Por onde passa, ele cumprimenta os professores e funcionários. Santiago Kosloski é tido como aluno de ouro, motivo de orgulho para a equipe do Colégio. Agora calouro de Licenciatura em Química, ele destaca que tudo começou ainda como estudante do Caar. “Eu criei afinidade com a matéria nas aulas da professora aqui, que são muito boas”, explica. O Caar foi totalmente culpado pela escolha de curso de Santiago.

“Eu vou levar comigo a ajuda que o Colégio sempre me deu, enquanto pessoa e aluno. Os conhecimentos que eu adquiri aqui fizeram a diferença e os professores sempre estiveram atrás do melhor ensino, olhando e cuidando do aluno”. O Agrícola não forma apenas pessoas preparadas para estudos, mas também para a vida. Durante o ensino médio, Santiago teve a oportunidade de realizar intercâmbio no Canadá e participou de projetos, como a Iniciação Científica Júnior. O aluno já está em casa, pois conhece toda a estrutura da Universidade. “Pensar na UEPG é muito especial, e agora está sendo muito legal conhecer outras pessoas e novos professores, está sendo uma experiência incrível”.

A UEPG viu Eloísa Ianzen ser criança, adolescente e agora testemunha a jovem como caloura de Zootecnia. O Campus Uvaranas é sua primeira casa desde quando foi aluna no Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic). De lá, foi direto para o Caar. A partir deste ano, bastará para ela andar alguns metros até o Bloco Z. “Quando eu era criança, minha vontade era fazer Medicina Veterinária, mas aí tive contato com uma professora zootecnista aqui no Colégio e me apaixonei pela profissão”, recorda.  A caloura já está habituada a muitas atividades que alunos de Zootecnia realizam, como conviver com animais de fazenda. “Por isso, eu tenho um agradecimento muito grande pelo Colégio, porque aqui eu aprendi muita coisa que levo para minha vida. Os professores me ensinaram a ser forte, ser confiante e não desistir. Por causa do Colégio, eu tenho a maturidade para começar uma faculdade”.

É impossível não guardar o Caar em um lugar especial no coração para Kerollin Souza, caloura de Agronomia. “Por ser um colégio integral, passamos muito tempo com os colegas e professores, e eu senti muita falta deles no tempo de pandemia, em que as aulas eram remotas”. O retorno ao presencial foi o tempo de matar as saudades e botar a mão na massa com os colegas – memórias que Kerollin levará para sempre. “E agora, com essa nova fase, eu estou muito feliz, é um sentimento que nem sei explicar”. A caloura agradece ao Agrícola pela realização do sonho. “Desde o meu sétimo ano, eu sempre quis ser caloura aqui da UEPG. E hoje eu tô realizando esse sonho, tô ansiosa para explorar e ver o quanto eu posso crescer dentro da UEPG”.

Orgulho e dever cumprido 

Nada se consegue sozinho. Os alunos do Agrícola contaram com o auxílio de seus professores, como Jeanine Domareski Henisch, professora da disciplina de Química, que agora observa com orgulho seus alunos em voos altos. “Ver eles se dedicando e conseguindo o que querem também é um estímulo para nós melhorarmos”. Para ela, é o sucesso dos alunos que justifica todo o trabalho. “É uma gratidão enorme, porque a profissão da docência tem alguns desafios, mas ver eles conseguindo, ver eles com o interesse me aprender, é uma alegria que explica todo o nosso trabalho”, complementa.

A engrenagem, símbolo do Agrícola, não está ali em vão, segundo o diretor, Alcebíades Baretta. “Aqui, todo mundo está fazendo a sua parte, e o resultado desse trabalho em equipe é ver nossos alunos aprovados, entrando no ensino superior. Isso é um orgulho para todos nós do Colégio”, comemora. O diretor não nega que os alunos recebem uma educação que exige responsabilidade, disciplina e pé no chão. “Mas é por isso que eles saem daqui maduros o suficiente para estudarem com confiança e competência em grandes universidades, como a UEPG. Então, é um orgulho saber que nosso alunos estão bem encaminhados quando saem daqui”, finaliza.

Texto e fotos: Jéssica Natal


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