Os cursos de Medicina, Licenciatura em Ciências Biológicas e Artes Visuais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, se unirão na próxima quarta-feira (21) para apresentar a exposição “Picadas e Mordidas: Uma Jornada Peçonhenta”. A abertura que ocorre às 16h, na Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex), e é fruto do esforço conjunto de professores e estudantes, com o apoio da Diretoria de Assuntos Culturais (DAC).
A exposição interativa é voltada para um público diversificado, incluindo crianças, jovens e adultos. O principal objetivo é facilitar a interação dos visitantes, com os conceitos sobre animais peçonhentos e suas relações com os ecossistemas. Por meio das atividades educativas, os participantes aprenderão sobre a prevenção e o tratamento de acidentes com esses animais, e também sobre a importância ecológica que eles desempenham. A ideia da exposição partiu de um grupo de estudantes e professores do projeto de extensão “Zoonoses parasitários e animais peçonhentos: implicações para a saúde pública de Ponta Grossa”. “Já executamos ações educativas em escolas com exposições menores e surgiu a possibilidade de fazermos uma mostra mais ampla no espaço da Proex”, detalha a coordenadora do projeto, a professora Ivana de Freitas Barbola, do departamento de Biologia (Debio).
O diretor da DAC-UEPG, Nelson Silva Junior, comenta que o intuito da exposição é desmistificar o medo associado aos animais peçonhentos e despertar o interesse pelo estudo da biologia, ecologia, saúde e ciências em geral. O público terá oportunidade de compreender que, embora alguns animais possam apresentar riscos, a maioria prefere evitar o contato com humanos e atacam apenas quando se sentem ameaçados. “A ideia é que possamos atingir diferentes públicos, como a comunidade em geral de Ponta Grossa, mas em particular os estudantes dos ensinos fundamental e médio”, pensa Ivana.
O Brasil abriga uma variedade significativa de animais peçonhentos, como serpentes, urutus, cascavéis, corais, jararacas, escorpiões, aranhas e vespas. Esses animais, presentes em florestas, campos, áreas agrícolas e urbanas, são responsáveis por um número expressivo de acidentes graves anualmente. A exposição ressalta a importância da educação pública sobre esses animais, que são cercados por crenças populares. Medidas simples, como manter os ambientes limpos e evitar acúmulo de lixos, podem reduzir significativamente o risco de acidentes indesejados.
A organização da exposição conta com, do Debio, os professores Ivana de Freitas Barbola, Rosimeire Nunes de Oliveira, Iriane Eger, Denilton Vidolin, Ricardo Diniz Correia de Almeida; do departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, o professor Júlio César Miné; e da Proex e do departamento de Artes Visuais, os professores Nelson Silva Junior e Patricia Camera. Os acadêmicos Ana Paula da Graça Ranchil Rocha, Cecília Rodrigues Conrado, Lorena Aparecida Pitela Kraushaar, Maria Vitória Ferreira dos Santos e Vinicius Gustavo Broboviski também integram a organização.
Texto: Rafaela Koloda | Foto: Gabriel Miguel