A Agência de Inovação e Propriedade Intelectual da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Agipi-UEPG) comemorou nesta segunda-feira (20) seu aniversário de 14 anos e entregou doze cartas de patentes a pesquisadores.
Em 2008, a Agipi foi criada com o objetivo de acompanhar e guiar o processo de defesa e concessão das patentes desenvolvidas na UEPG. “A patente é consequência da pesquisa e é uma necessidade, para protegermos algo que fizemos como pesquisadores”, explica Freitas Junior.
As patentes são emitidas em nome da UEPG e os pesquisadores são reconhecidos como “inventores”. Por 20 anos após a emissão, qualquer exploração financeira da patente acarretará em lucros para a Universidade e os pesquisadores.
Longa caminhada
A busca pela patente pode ser um processo longo e moroso. Os professores André Vitor Chaves de Andrade, Sandra Regina Masetto Antunes e Christiane Philippini Ferreira Borges receberam patentes submetidas em 2004 e 2006. Desde então, os professores Augusto Celso Antunes e José Caetano Zurita da Silva, parte da equipe original, faleceram. “É muito emocionante, já que antes da Agipi quem cuidava dos trâmites da patente era o José Caetano”, lembra Borges.
“Eles nos deixaram um legado muito importante, porque essa é a luta deles. É muito tempo de luta. Mas hoje, a patente representa a trajetória do grupo de pesquisa, que já tem 25 anos”, considera Andrade. “Já temos mais duas patentes em trâmite. Isso também é uma conquista institucional, da UEPG, que nos dá essa estrutura e esse apoio para desenvolvermos o nosso trabalho”.
Muitas parcerias
A professora Alessandra Reis, ao coletar sua patente, frisou a parceria entre professores, acadêmicos e pesquisadores. “É um trabalho de muitas pessoas. A gente precisa desbravar caminhos desconhecidos. Fico muito feliz em ver todo esse trabalho chegar em uma carta-patente”, reflete.
“Eu só tenho a agradecer e parabenizar a Agipi por todo o trabalho”, comenta o professor Paulo Vitor Farago, pesquisador creditado como inventor em três das patentes entregues. O professor reconheceu a importância da interdisciplinaridade para o desenvolvimento da pesquisa. “Eu sou da área de Farmácia, mas foi na área da Odontologia que tivemos uma aplicabilidade dessas pesquisas”, detalha.
Novos objetivos
Atualmente, a Agipi também desenvolve a Incubadora de Projetos Inovadores (InProTec), que auxilia empreendedores. Em razão desses novos serviços, a agência se realocou para uma nova sede, em frente à Biblioteca do Campus. No evento, a diretoria da Agipi também reconheceu o apoio financeiro do empresário José Carlos Mosko. “Através desse apoio que ele nos prestou, foi possível preparamos nossa nova sede para recebermos empreendedores”, dedicou Freitas Junior.
Texto: William Clarindo | Fotos: Julio César Prado