Era uma quarta-feira quando as luzes acenderam e o trabalho começou. Desde aquele dia, o trabalho do Centro Cirúrgico do Hospital Materno-Infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa não parou. Nesta sexta-feira (19), o setor completa dois anos de existência, com o total de 4634 procedimentos, divididos entre cirurgias pediátricas obstétricas – uma média de 225 procedimentos por mês.
O número de procedimentos total é de 1379 cirurgias pediátricas e 3255 obstétricas, contabilizadas até agosto deste ano. Desde a mudança para o novo prédio, o trabalho é intenso e não para de crescer. “O fluxo de pacientes aumenta a cada mês que se passa, tanto na parte ambulatorial, onde programamos as cirurgias eletivas, como também as cirurgias de emergência, de pacientes que chegam de Ponta Grossa e região”, explica o cirurgião pediátrico, Victor Feferbaum Zyto. O médico acompanhou toda a mudança de administração, já que foi diretor do antigo Hospital da Criança, que funcionava até 2020 no mesmo prédio. “É um sonho que se fez realidade ver um Centro Cirúrgico funcionando a todo vapor, atendendo tantas cidades. Podemos dizer que o serviço de cirurgia pediátrica, de otorrinolaringologia e ortopédica, atualmente está beneficiado a toda população paranaense”, ressalta.
Além do trabalho constante do Centro Cirúrgico, o obstetra Edson Felipe Delfrate também ressalta a união da equipe para que as ações se desenvolvam. “Temos uma demanda grande, mas é muito prazeroso trabalhar aqui, porque a equipe é unida, bem treinada e dá o seu melhor sempre”, descreve. Edson está no Humai desde a sua transferência de prédio. “Atuar na obstetrícia do Humai é um trabalho gratificante, pois trazemos muitas vidas ao mundo em um clima leve e de união”.
Atuação
Danielle Ritter estava lá naquele primeiro dia de trabalho do Centro Cirúrgico. Era um menino de seis anos que aguardava cirurgia nas amídalas e adenoide. “Não dormi na noite anterior de tamanha preocupação, mas a equipe cirúrgica saiu agradecida e a mãe da criança nos abençoando ricamente”, relembra a coordenadora da enfermagem do setor.
A mudança para o novo prédio aconteceu oficialmente em agosto de 2020, transferindo os serviços da maternidade, UTI pediátrica e UTI neonatal do Hospital Universitário. O processo de mudança foi testemunhado pelas equipes. “As paredes estavam sendo quebradas para darem lugar a uma nova demanda de pacientes e uma nova estrutura hospitalar”, relembra a enfermeira Danielle.
Com a mudança, as equipes puderam reformular e adaptar protocolos. “Eram muitas particularidades que foram sendo acertadas em meio aos atendimentos, que nunca foram interrompidos”, afirma a enfermeira. Além de todo conhecimento técnico que envolve ser enfermeira em um Centro Cirúrgico, ver o primeiro contato da mãe com seu bebê na primeira hora de parto sempre emociona Danielle. “É um sentimento único, essa gratidão move eu e minhas equipes para ajudar muitas mães e crianças que venham a passar pelas nossas mãos”, completa.
Texto e fotos: Jéssica Natal