Os cursos já receberão alunos para ingresso em 2025, por meio de um Vestibular Extemporâneo. As inscrições vão de 20 de dezembro de 2024 a 16 de janeiro de 2025 e as provas acontecem em 02 de fevereiro de 2025. Serão 40 vagas para cada um dos novos cursos, com início já no ano letivo de 2025.
A demanda surgiu da própria comunidade, como explica a chefe da Comissão de implantação do curso, a professora Sandra Scheffer. “A partir da demanda da sociedade e da provocação da Reitoria, nós montamos, em abril de 2024, a comissão de elaboração do projeto pedagógico de curso”, lembra Sandra. A comissão foi composta por representantes de três Setores de Conhecimento da UEPG: de Ciências Sociais Aplicadas (Secisa), de Ciências Biológicas e da Saúde (Sebisa) e de Ciências Humanas, Letras e Artes (Secihla). “Foi a junção de três setores, com 11 departamentos, o que nos dá inúmeras possibilidades de ênfases à nossa psicologia aqui na UEPG”.
A formação contempla um caráter generalista, abordando a variedade de orientações teóricas e metodológicas existentes no campo da Psicologia, e depois é complementada por três Ênfases Curriculares: Psicologia da Saúde e Processos Institucionais e Organizacionais; Psicologia Educacional e Processos Psicossociais; e Psicologia na Proteção Social e Processos de Desenvolvimento Comunitário. “O aluno sai formado Bacharel em Psicologia, mas com tem uma uma ênfase que vai carregar com uma maior profundidade temática”, explica a professora Sandra.
“O Bacharelado em Psicologia foi concebido como um dispositivo social em favor da defesa e da promoção da universalização do acesso aos direitos estabelecidos pelas legislação, particularmente nos âmbitos da saúde, da educação e da proteção social básica”, descreve o professor Oriomar Skalinski Junior, que também participou da comissão de implantação do curso. “O curso se volta ao estudo da difusão e produção de saberes ligados a dimensões variadas da pesquisa científica e da atuação profissional que existem no campo da Psicologiam, a fim de construir avanços nas condições de vida da população, orientando o compromisso com enfrentamento das desigualdades culturais, sociais, econômicas e também simbólicas”.
Para Oriomar, que é psicólogo, participar do processo de elaboração do curso teve um sentido profundo. No Departamento de Educação, onde atua, o professor estabelece um diálogo constante com a área de psicologia, em diversos cursos de graduação. “É ao mesmo tempo inusitado e muito gratificante ter saído de Ponta Grossa para cursar a graduação em psicologia e agora ter o privilégio de participar da implantação desse curso na UEPG”, rememora.
Um sonho de muitos anos se concretiza com a aprovação do curso de Arquitetura e Urbanismo. “É um desejo muito antigo do departamento de Engenharia Civil”, conta o chefe da comissão de implantação do curso, professor Carlos Emmanuel Lautenschlager. Há mais de uma década, o projeto vem sendo idealizado e amadurecido pelos professores. “Foi um período longo de criação, que culminou num projeto maduro, consciente e consistente, e que vai atender à sociedade de forma satisfatória”, avalia. “É o ano em que nós completamos 50 anos de Engenharia Civil. Essa maturidade, esse crescimento, esse entendimento da cidade e da sociedade, como pesquisadores, professores, egressos, como comunidade de engenharia, nos trouxe a maturidade necessária para implantação do curso nesse momento e dessa forma”.
Um grande diferencial do curso de Arquitetura é a oferta em período noturno, abrindo a possibilidade para que os alunos possam organizar suas atividades, como, por exemplo, trabalhar durante o dia e estudar à noite. “A demanda por profissionais de arquitetura é muito grande, até porque arquitetura não se resume apenas a escritórios que vão fazer projetos para uma edificação, mas está relacionada a uma questão social e urbana, ao planejamento e às dinâmicas da sociedade”, explica o professor. “A gente vai poder levar a expertise dessa parte de projetos e planejamento urbano, que é uma vocação muito grande no nosso departamento, agora para as salas de aula do curso de Arquitetura”.
Outro ponto positivo, para o professor Carlos Emmanuel, é o avanço em pesquisa científica na área, possibilitado pela abertura de um curso em uma universidade pública. “A abertura do curso permite esse olhar acadêmico aliado às demandas da sociedade”, reforça.
Além de concreto, formas, contas e linhas, a arquitetura tem arte, curvas, cores, significados, beleza e usos sociais. Para a arquiteta e professora da UEPG Nisiane Madalozzo Wambier, foi justamente essa mescla entre o mundo da construção civil (que ela conhecia por conta do pai, professor do curso de Engenharia Civil da UEPG) e da expressão artística a fez optar pela área. “A arquitetura abre muitas áreas de atuação, que realmente vão das exatas até as humanas, passando até pelas biológicas e saúde, porque a gente pode atuar em muitas áreas”.
A professora Nisiane enfatiza, ainda, que haverá uma integração entre a Engenharia Civil e a Arquitetura, como áreas complementares e que poderão trabalhar juntas no ensino, pesquisa e extensão. “A gente tem, realmente, um potencial para ser um curso forte, que tenha ótimos acadêmicos, forme bons profissionais e possa contribuir com Ponta Grossa e outras cidades”, antecipa.
Texto e fotos: Aline Jasper | Arte do Vestibular: Luciane Navarro