Universidade e comunidade de mãos dadas por um futuro melhor – e mais colorido. No mês de novembro, as turmas das disciplinas de Desenho 1 e 2, Pintura 1 e 2, e Fundamentos Teóricos da Linguagem Visual do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foram convidadas a elaborar uma intervenção artística no muro da Escola Prática Educativa de Trânsito de Ponta Grossa.
A atividade faz parte da curricularização da extensão e surgiu a partir de uma parceria já existente entre o Viveiro Florestal da UEPG e a Escola. “O intuito dessa parceria era tornar esse ambiente mais acolhedor para o público visitante”, explica o professor do curso de Artes Visuais, Arthur Amador. “Parecia que o lugar não estava completo e aquele enorme muro branco chamava a atenção, então pensamos que seria bem interessante elaborar alguma proposta artística para o espaço”, revela.
Os acadêmicos prepararam os desenhos em sala de aula, passando por diferentes etapas da criação do projeto, para depois levar para a Escola as composições pensadas a partir de personagens conhecidos do universo infantil. Em dois dias de atividades presenciais que contaram com o apoio da comunidade, os estudantes e as crianças puderam deixar o muro mais colorido e divertido.
Professor Arthur, orgulhoso, destaca o empenho das turmas em não só desenvolver o projeto completo, como também viabilizar a sua execução. “Outro fator importante foi a colaboração de todos na Escola, principalmente a Milene Galvão, responsável pela escolinha e por ter feito todos os contatos, além de conseguir o material para a execução da atividade”, reforça.
Para a acadêmica do primeiro ano, Juliana Sauter, poder participar de uma atividade com crianças foi uma experiência muito valiosa. “Foi sensacional vê-los aprendendo a misturar as tintas e vindo nos mostrar as cores que descobriram sozinhos”, recorda. “É em momentos como esse que percebemos a importância da extensão para a formação docente, ampliando nossa perspectiva para além da sala de aula e também para a formação humana”, afirma Juliana. “Vai muito além das teorias pedagógicas, é um compromisso social da universidade com a comunidade”, finaliza.
Arthur afirma que esse foi um dos principais impactos dessa atividade de extensão: a transformação da relação entre os frequentadores e o espaço, uma vez que as crianças ajudaram na pintura do muro. “Há um reconhecimento de uma parte deles que está ali também, eles estão presentes”.
Texto: Domi Gonzalez | Fotos: Rafaela Koloda e Milena Parapinski Barreto
