HU e Humai promovem atividades do Dia de Higienização de mãos

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O Hospital Universitário (HU) e o Hospital Universitário Materno Infantil (Humai), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), realizaram na última quinta-feira (05) atividades alusivas ao Dia Mundial de Higienização de Mãos. As atividades buscam conscientizar os profissionais sobre a importância da higiene das mãos em diferentes momentos e etapas do atendimento.

A higienização das mãos é uma etapa fundamental no atendimento dos pacientes, prevenindo infecções e contaminação, tanto de quem é atendido, quanto do próprio profissional de saúde. Por isso, conforme ressalta o professor Edmar Miyoshi, do Departamento de Farmácia da UEPG e responsável técnico pela Farmácia Hospitalar, apesar de ser uma função básica, é importante que seja relembrada para que, pela rotina, não caia em esquecimento nem se diminua a disciplina nesse cuidado. “Todo esse processo de conscientização busca salvar vidas, evitando as infecções geradas devido a essas contaminações das mãos dos profissionais de saúde”, comenta o professor.

Os Hospitais da UEPG enfatizam a importância da higienização das mãos em dois momentos do ano: em 5 de maio e 15 de outubro. Para a realização dos eventos, as equipes dos Hospitais realizaram durante todo o mês de abril uma triagem e análise dos hábitos de higienização das mãos dos funcionários. Cada coordenador de unidade recebeu um formulário para monitoria da higienização das mãos, baseada nos cinco momentos preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS): antes do contato com o paciente; antes de fazer procedimentos limpos ou assépticos; após o risco de exposição a fluidos corporais; após o contato com o paciente e após o contato com áreas próximas ao paciente.

Ao longo de todo o mês, os coordenadores observaram os funcionários indicando se a higienização foi feita de forma correta. “Esses dados foram transferidos no final do mês e encaminhados para nós. Fizemos uma planilha e gráficos que apresentamos agora para a equipe”, explica a enfermeira do Núcleo de Epidemiologia, Controle de Infecção Hospitalar e Hotelaria (Nucih), Eveline Wille Bayer, responsável pela realização do evento no HU. Maria Dagmar da Rocha, chefe do Nucih, salienta que essa observação foi feita sem que os profissionais percebessem que estavam sendo avaliados. “Só no Humai foram feitas mil e oitenta observações durante o mês, o que nos surpreendeu de forma positiva que eles conseguiram fazer sem o funcionário perceber, discretamente”.

Trabalho

Eveline conta que os eventos sobre a higienização de mãos acontecem desde que o Hospital Universitário iniciou seus atendimentos, há 12 anos, e explica que a observação dos hábitos e do trabalho dos funcionários permite que o HU saiba quais pontos estão satisfatórios e o que ainda pode ser melhorado. “A gente tem alguns momentos que precisam ser aprimorados, mas, agora em conversa com a equipe, conseguimos melhorar. Eles mesmos agora na conversa estabeleceram as metas a atingir de melhorias”.

Da mesma forma, os dados coletados no Humai surpreenderam positivamente, mostrando que há muito cuidado no atendimento oferecido. Dagmar, responsável pelas atividades no Hospital Materno Infantil, ressalta a adesão à higienização das mãos e os índices elevados apresentados na pesquisa. “Pra você ter uma ideia, no Pronto Atendimento, eles tiveram 95% de adesão em todos os momentos, e na UTI Neonatal, 93% de adesão. Então, dentro da literatura, a gente sabe que é muito difícil todos os serviços manterem níveis tão altos de higienização de mãos”, destaca.

Grasieli Oliveira, do Setor de Fisioterapia, participou das atividades promovidas no HU e considera importantes momentos como esse para relembrar como a higienização das mãos é relevante. “São coisas simples que vão ajudar na qualidade do atendimento ao paciente e na saúde. É sempre bom estar reforçando o que você precisa fazer, qual a forma correta de fazer, pra sempre estar melhorando”. A enfermeira Eveline também ressalta que, embora pareça uma prática simples, é imprescindível recordar o assunto de tempos em tempos. “Isso porque tudo que não é relembrado periodicamente é deixado de lado, e a higienização das mãos, sendo uma coisa tão importante dentro do Hospital, tão fácil de ser feita, também pode acabar caindo na rotina e sendo esquecida, então a gente precisa trabalhar e relembrar isso”.

Dagmar salienta, assim como Eveline, que o assunto não é tratado somente nesses momentos, e que a política do Hospital é de uma formação e conscientização contínua. “Nós mensuramos mensalmente os indicadores e comparamos com o uso do álcool 70% e uso do sabonete versus a incidência de infecções nesses setores”. As ações alusivas à data acontecem em hospitais e unidades de saúde de todo o país, mas, segundo Dagmar, o que diferencia o trabalho nos Hospitais Universitários da UEPG é a constância: “A nossa foi um pouquinho diferente porque nós queremos manter, não somente chamar atenção no dia 5 e eles entenderem a higienização das mãos, mas seguirem por todo o ano”, finaliza.

Texto e fotos: Cristina Gresele


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