Quais as características de um preceptor? A pergunta foi tema do primeiro encontro presencial da turma de preceptores no Curso de Atualização em Preceptoria, organizado pelo Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG). O grupo, formado por equipes multiprofissionais e médicos, se reuniu no auditório do HU para debater de forma dinâmica as práticas de ensino e relacionamento com residentes do Hospital.
O projeto de oferecer capacitação aos preceptores do HU surgiu quando as fisioterapeutas, Débora Mazzo e Juliana Schleder, participaram de um curso para preceptores em São Paulo. “A partir das atividades que tivemos lá, pensamos em trazer para o Hospital. A ideia é que o curso seja bem dinâmico, para os preceptores se conhecerem, verem que não estão sozinhos e que todos passam pelos mesmos desafios”, destaca Débora.
O HU-UEPG é um Hospital de ensino, com 19 residências médicas, três uniprofissionais e seis multiprofissionais e todos os profissionais que são especialistas atuam como preceptores. O preceptor é um docente-clínico, que ensina realizando procedimentos técnicos e moderando a discussão de casos, em contato direto com residentes. “Nossa dinâmica buscou discutir, conversar e encontrar caminhos para a prática do dia a dia. Isso melhora a nossa ótica de trabalho, pois ampliamos os horizontes”, salienta Débora. Segundo a fisioterapeuta, durante a conversa, os profissionais perceberam que algumas atitudes já eram praticadas na rotina de trabalho. “Mas agora já temos o respaldo pra continuar e aprender com colegas. Isso quem ganha sempre é o paciente lá no final”, completa. 
Cerca de 30 profissionais se inscreveram para a primeira turma, que terá aulas até final de agosto. Juliana Schleder acrescenta que ver, dentre os profissionais que realizaram o curso, residentes que se formaram é motivo de orgulho. “Mostra que alguns objetivos foram alcançados, que eles cresceram com o serviço e nos fizeram crescer. Agora estão do outro lado, aprendendo coisas que eles não vivenciaram enquanto residentes”, diz. Para ela, a atividade também dá caminhos de relacionamento entre equipes, onde pode haver um choque de gerações e visões distintas. “Eles têm outra visão das quais a gente não tem, já que vinham antes enquanto alunos e estão agora ingressando como preceptores. Está sendo um verdadeiro desafio ensinarmos, mas muito gratificante”.
O grupo se reunirá a cada duas ou três semanas para discutir temas aprendidos no módulo on-line. A organização do curso ainda pretende abrir novas turmas do curso nos próximos meses.
Texto e fotos: Jéssica Natal
