Helena Kolody, Álvaro Augusto Cunha Rocha, Hilda Koller. Estes e outros escritores de Ponta Grossa e do Paraná se tornaram eternos em suas palavras e no tronco das árvores. A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a Academia de Letras dos Campos Gerais (ALCG) inauguraram, nesta sexta-feira (11) o Bosque dos Escritores, no Campus Uvaranas.
A cerimônia de inauguração aconteceu no auditório do Museu de Ciências Naturais da UEPG (MCN), ao lado do Bosque, para celebrar a instalação de placas com os nomes de 37 escritores que marcaram a literatura de Ponta Grossa e região. O evento, que representa um marco na parceria entre a Universidade e a ALCG pela difusão da literatura e incentivo à cultura, reuniu autoridades universitárias, membros da Academia e familiares dos escritores homenageados postumamente.
A concepção do Bosque dos Escritores envolveu diversos setores da Universidade. As placas que carregam o nome dos escritores foram produzidas pela Coordenadoria de Comunicação (CCom) e instaladas pelos servidores da Prefeitura do Campus (Precam), com base no mapeamento da área desenvolvido pela Pró-reitoria de Planejamento (Proplan), com a devida catalogação das espécies de árvores que receberam as placas. Toda a operação contou com recursos da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Institucional, Científico e Tecnológico (FAUEPG). O empresário Álvaro Scheffer, da empresa Águia Florestal, doou bancos que serão instalados no Bosque.
Para a UEPG, a inauguração do bosque simboliza o aproveitamento da estrutura e a natureza que habita o campus Uvaranas, tornando o espaço mais atrativo para a comunidade e para a Cultura. Com 9.800 metros quadrados o bosque, localizado no coração do Campus, é conhecido local de passagem pelos estudantes e visitantes. Formado por diversas espécies de árvores, como aroeira, cedrinho, eucalipto e pitangueira, no Bosque a vida animal também se faz presente – tucanos, sabiás e pica-paus sobrevoam as copas imponentes das suas árvores, enquanto cotias, lagartos e os simpáticos cães comunitários passeiam por entre suas sombras.
Durante o lançamento do Bosque dos Escritores, o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto, destaca que a parceria com a ALCG deu novo sentido àquele espaço. “As árvores já estavam ali, mas nós as replantamos quando nomeamos elas com os escritores. Assim, esses artistas seguem florescendo dentro da nossa universidade”. O reitor destaca a esperança de que este ato simbólico desperte a curiosidade daqueles que passam pelo Bosque, e que a curiosidade se transforme em amor pela leitura,
“Quando a criatura humana sonha e luta por seus objetivos, todo o universo conspira a favor”, com estas palavras, a presidente da ALCG, Neuza Helena Postiglione Mansani, descreve a trajetória da associação na procura de um espaço que aliasse cultura e natureza. Após buscar possíveis locais que acolhessem o Bosque foi na UEPG onde encontrou a parceria para sua realização. Mansani celebra a realização deste sonho e reforça o desejo em ver “um bosque habitado por ideias. Este é um espaço para todos, porque todos somos potenciais escritores”.
A escritora e membro da ALCG, Luísa Cristina dos Santos Fontes, reforça a expectativa que os trinta e sete escritores homenageados no Bosque sigam orientando a mente de todos que passam por ali. “Para alguns, as árvores representam o aconchego das sombras, para os poetas são fonte de vida. Que o nosso bosque seja jardim de árvores e palavras” declara o diretor de Assuntos Culturais da UEPG, professor Nelson Silva Júnior ao exaltar a conquista da UEPG e da Academia.
A cerimônia de lançamento do Bosque dos Escritores encerrou com apresentação musical e declamação de poemas, por parte dos membros da Academia de Letras dos Campos Gerais. Na área externa do Auditório, a artista visual Ana Maria Marochi expôs suas obras.
Texto: Gabriel Miguel | Fotos: Gabriel Miguel e Jéssica Natal
