A preparação começou bem cedo – desde 7h da manhã, a equipe da cozinha já estava cortando os ingredientes. A preparação escolhida foi risoto de camarão. “Optamos por fazer assim para adequar com a nossa necessidade, então fizemos um molho, colocamos cogumelo, palmito, ervas finas, pimentão vermelho e amarelo, e queijo para dar mais cremosidade. Esse é o nosso segredinho”, brinca o supervisor da cozinha, Sérgio Roberto Zanella.
O risoto não veio sozinho – o cardápio ainda contou com arroz branco, feijão, salada de alface, bisteca suína e pudim de chocolate como sobremesa. “Vi que o camarão seria servido hoje e terminei o mais rápido possível o que estava fazendo e vim correndo para cá. E valeu a pena, achei uma delícia, estava maravilhoso”, conta Eduardo Navas, estudante de Medicina.
Quem também se surpreendeu com a preparação foi o acadêmico Bruno Denkiewicz. “Superou muito as minhas expectativas, eu que não sou muito de comer camarão, esperava que seria somente um prato simples, sem acompanhamento, mas depois que vi que era um risoto bem temperado, superou minhas expectativas, ficou realmente muito bom”, descreve.
Parceria com a Receita
A carga que chegou para a UEPG foi distribuída nos Restaurantes dos dois Campi. No total, foram 1225 kg de picanha e 80 kg de camarão. A doação para a UEPG se deu porque a instituição estava preparada para acondicionar a carne de maneira adequada e servi-la a uma grande quantidade de pessoas, o que preconiza doações da Receita. “Na medida que evitamos a concorrência desleal, doações como essa contribuem com a sociedade e quando retiramos de circulação esses produtos, potencializamos nosso resultado na destinação à comunidade acadêmica”, informa o delegado da Receita Federal em Ponta Grossa, Demetrius de Moura Soares.
As carnes vieram ao Brasil para serem entregues a grandes churrascarias de Curitiba. “A Receita Federal acionou a UEPG, pois nós temos uma história de parceria e ficamos muito felizes por receber carnes de ótima qualidade”, destaca o reitor em exercício, professor Ivo Mottin Demiate. O RU da UEPG atende em sua grande parte alunos baixa renda, com baixo custo de refeição, auxiliado por nutricionistas. “É uma inclusão, que passa pela alimentação, de uma carne nobre, que muitas vezes a pessoa já comeu em outros lugares, mas que não é habitual na sua alimentação diária. A UEPG é uma Universidade cotista, que busca fazer inclusão de todos e todas, cada vez mais”, complementa o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto,
Texto e fotos: Jéssica Natal