Neste mês, a colaboradora da UEPG, Jussara de Fátima Ribeiro Batista, recebeu uma Moção de Aplauso da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, em homenagem à sua rica trajetória no Carnaval pontagrossense. Jussara trabalha no setor de limpeza da UEPG há 32 anos e espalha pelos corredores da universidade muita alegria e amor pelo samba e pelos desfiles de Carnaval.
Jussara também ousou em seus desfiles, não só pela gravidez, mas pelas fantasias e trajes. “Daí na escola de samba Baixada da Princesina saí como rainha da bateria. Depois na Glárea Azul eu saí como destaque: Fui a primeira mulher que saiu de fio dental em Ponta Grossa. E por último eu saí na escola de samba Nova Princesa, de Olarias, como porta-bandeira, com meu filho mais novo, Wandercleiton, como mestre-sala”, conta Jussara, destacando que o amor pelo Carnaval ela recebeu de família e repassou aos quatro filhos. “O Carnaval pra mim representa tudo, a alegria, a juventude. A gente sempre gostou, a família inteira, minha mãe também foi a primeira baiana que saiu na escola de samba, minhas irmãs também saíram, até duas foram destaque junto comigo. Mas eu que tô na ativa ainda, muita alegria, muita vida!”, complementa.
Segundo Jussara, o amor da família pelo samba e pelo Carnaval é tamanho, que seus planos futuros são de fundar a própria escola de samba em Ponta Grossa. “Meus filhos estão lidando na prefeitura para abrir uma escola de samba, porque a família toda gosta. Então, temos que desfilar dois anos primeiro como bloco, pra aí montar a escola de samba. Então eu tô dando apoio pros meus filhos. Se tiver Carnaval ano que vem a gente vai sair como bloco”, explica. “A nossa escola vai se chamar ‘A geração de hoje’ de Olarias. Tudo é geração dos filhos, porque de dono das escolas só tem um vivo, o da Baixada Princesina. O resto, todos já foram. Ficou eu aí, animando a meninada de hoje”, conta Jussara animada com seus planos.
A história na UEPG
Há 32 anos trabalhando na universidade, Jussara passou por diversos departamentos e setores atuando na limpeza. “Quando entrei eu fiquei muitos anos no Centro, depois eu vim pro Campus e trabalhei no bloco L, no bloco M, na Fazenda Escola, na Educação Física, passei pela Engenharia e Agronomia e hoje estou no ASI-UEPG e no centro de convivência”, conta Jussara. Depois de tantos anos e de ter passado por tantos setores, Jussara afirma que viu a UEPG crescer, se modernizar e avançar para o que é hoje. “Quando eu vim pro Campus era quase um deserto aqui. Teve muitas mudanças. O Caic eu fiz parte do mutirão que fez a faxina pra entrega do Colégio. Nossa, a mudança da UEPG nesses 32 anos foi muito grande, graças a Deus, pra melhor”, avalia.
Mas a família vai além dos laços sanguíneos, e a relação duradoura com as colegas de trabalho rendeu amizade e amor, como conta Jussara: “Eu tenho várias colegas de trabalho. Tem umas que a gente se dá mais e guarda no coração. Hoje eu ainda tenho uma colega que entrou junto comigo e está se aposentando também. Eu sempre me dei muito bem com todos. A gente sabe que não é perfeito, mas sempre gentil, sempre com respeito com as companheiras de trabalho”, explica. “Hoje tem umas colegas novas também, algumas preferidas, que conheci quando a gente voltou (ao trabalho presencial após a pandemia), e eu já adotei como filhas do coração”, afirma Jussara.
Jussara está fazendo os primeiros encaminhamentos para a aposentadoria, que irá encerrar um ciclo longo e de muita intimidade com a UEPG. Para a colaboradora, fazer parte da história da UEPG e trabalhar na Universidade por tantos anos é muito gratificante. “Muito feliz mesmo de ter feito parte, trabalhando, ajudando… muitas amizades, muito carinho pelos acadêmicos, pelos professores e funcionários. Muito muito muito grata por ter feito parte dessa linda história da UEPG”, conclui.
Texto: Cristina Gresele Fotos: Cristina Gresele / Acervo Pessoal