Museu Campos Gerais recebe carta de agradecimento de imigrantes e refugiados

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O Museu Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (MCG-UEPG) recebeu no dia 24 de julho da organização Cáritas Diocesana de Ponta Grossa uma carta em agradecimento pela visita guiada aos imigrantes e refugiados. Em 22 de junho, a sede histórica do Museu contou com a presença de argentinos, sírios, venezuelanos e imigrantes da República Dominicana.

Na mensagem, os visitantes demonstraram suas principais impressões sobre as exposições do Museu Campos Gerais. Entre as várias salas que apresentam as histórias e os patrimônios culturais da cidade, o grupo destacou a curiosidade pelas exposições “Aula de Anatomia” e “Meu Coração de Polaco Voltou”. A argentina, Yamila, comentou na carta o que mais despertou o seu interesse, “Também me agradou a parte da anatomia, conhecer a sala onde se julgava os acusados de delitos e a conservação do lugar“. Apresentar o prédio torna possível contribuir para que estas pessoas não apenas venham viver, mas possam identificar as questões desafiadoras do município, conforme aponta o diretor de ação educativa do MCG, Ilton Martins. “Ao mesmo tempo, embora nós apresentássemos “nossa casa” para eles, acabamos tendo a oportunidade de partilhar um pouco de tudo aquilo que eles trazem e oferecem a nossa sociedade”, destaca o professor. André, imigrante da Venezuela, comenta “o que mais me agradou foi a parte histórica que conta a vida familiar do escritor Paulo Leminski”. 

A recepção foi intermediada por Ilton e pelo mestrando em História e Residente Técnico-Cultural, Vitor Bomfim Lopes, que ofereceu aos mais de 60 participantes acesso à história e à cultura de Ponta Grossa. Além de conhecer o desenvolvimento da cidade, os imigrantes e refugiados contaram histórias dos locais de origem e seus patrimônios culturais. 

A equipe do Museu Campos Gerais expressou a alegria de receber a carta dos visitantes e poder partilhar o espaço com um grupo de pessoas que estão há pouco tempo no Brasil. “Temos a sensação de que a Universidade cumpre efetivamente seu papel na promoção de uma política de recepção e igualdade para com nossos coirmãos latino-americanos”, destaca Ilton Martins. Para o imigrante da República Dominicana, Nicolás, a arquitetura e os quadros presentes no Museu atrai a atenção. “Eu gostei da parte da organização. Também os quadros originais daquela época. Ver a arquitetura, a mobília… Muita sensibilidade!”, afirma. 

A realização da visita possibilita que, nas instituições públicas, os aparelhos culturais cumpram suas funções de diálogo e acolhimento com todos os cidadãos. O diretor informa que o Museu está aberto para toda a comunidade, como um espaço de referência para todos que buscam conhecer a cultura local.

Os imigrantes participam da organização Cáritas Diocesana de Ponta Grossa e tiveram suas visitas agendadas pela professora do “Projeto Conversação Brasileira: Comunicação e integração para migrantes e refugiados”, Jacqueline Bueno Machado. A entidade atua na defesa dos direitos humanos e do desenvolvimento solidário das pessoas que se encontram em vulnerabilidade social e econômica. Trabalhando desde 2007 em Ponta Grossa, a instituição faz parte da Cáritas Internacional, criada pela Igreja Católica em 1987 e que conta atualmente com 162 organizações. O objetivo é realizar a transformação social por meio da assistência econômica, técnica e social aos grupos excluídos.  

Texto: Rafaela Koloda| Fotos: Vitor Lopes


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