UEPG celebra termo de cessão de uso de equipamentos para urbanização do Parque das Andorinhas

Compartilhe

A espera dos moradores do Parque das Andorinhas chegou ao fim. A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) celebrou, na tarde da última quarta-feira (03), o termo de cessão de uso de bens móveis com a Associação Ericson John Duarte (AEJD), por meio do seu coordenador geral, Jaime Sandro Dingueleski. Os equipamentos serão utilizados para a construção de moradias para as famílias que ocupam a região e também para toda a urbanização do espaço.

“Com esses equipamentos, que estavam em posse da UEPG, e agora serão destinados para que a própria população coletivamente construa suas casas. Os equipamentos vão facilitar a produção e com isso a universidade pública contribui com a comunidade para ela ter uma qualidade de vida melhor e ter condições dignas de moradias. É a instituição pública de ensino superior cumprindo seu papel de atender além da comunidade acadêmica, a sociedade como um todo, principalmente essas populações mais vulneráveis”, afirma o vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate.

O chefe de gabinete da Reitoria, professor Rauli Gross, esteve bastante envolvido com esse projeto. Ele explica que foram assinados dois termos. Primeiro, um de cooperação técnica entre a Prefeitura de Ponta Grossa e a UEPG, já que a prefeitura que adquiriu os equipamentos via processo licitatório após a destinação de recursos via emenda parlamentar. Segundo, o de cessão de uso dos equipamentos entre a UEPG e a associação de moradores do Parque das Andorinhas. “A UEPG está diretamente envolvida nesse projeto, com a participação dos professores Edson e Larocca. Estamos bem próximos aqui da comunidade e podemos auxiliar na execução de todos os processos e dando o suporte necessário”, afirma o professor Rauli.

Ele disse ainda que essa foi a última parte burocrática do projeto de urbanização do Parque das Andorinhas e agora os próprios moradores poderão construir suas casas. “Sugerimos também que um espaço esportivo também seja construído, principalmente para as crianças. Isso pode fomentar diversas práticas saudáveis para essa população”, completa.

O professor Edson Armando Silva, do Departamento de História da UEPG, também participou da cerimônia de assinatura. Ele foi o idealizador do Plano de Desenvolvimento Comunitário e garante que a primeira etapa “prática” é colocar as máquinas doadas para funcionar. “Vamos organizar um espaço de trabalho adequado, aproveitar o desnível do terreno para um fluxo de trabalho adequado e começar com a produção de tijolos, cimento e blocos de concreto. Vai ser preciso também realizar um recadastramento, pois desde que foi feito muitas famílias saíram e outras chegaram”, garante.

Outra questão importante, segundo o professor Edson, são as casas de transição. “Vamos aproveitar os terrenos que estão vazios para que as famílias possam retirar os seus barracos e colocá-los no terreno onde vão ficar definitivamente. Vamos deixar um espaço atrás para que eles possam construir a casa definitiva em alvenaria no padrão exigido”, completa.

“O que estamos fazendo aqui é reintegrando esse espaço na sociedade. Se nós não estivéssemos aqui, seria uma área de favela dominada pelo tráfico. Nós, ao fazer isso, vamos integrar essa comunidade como um todo na vida da cidade”, finaliza o professor Edson.

Texto e fotos: Tierri Angeluci


Compartilhe

 

Skip to content