É possível ter vida de qualidade depois dos 60 anos. O Núcleo de Assistência Social, Jurídica e de Estudos sobre a Pessoa Idosa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nasjepi-UEPG) promoveu, nesta segunda-feira (27), o 7º Colóquio Sobre Violência Contra a Pessoa Idosa. O evento reuniu idosos, profissionais, pesquisadores e ativistas pela garantia de direitos das pessoas idosas dos Campos Gerais. O encontro aconteceu no auditório do Colégio Sant’Ana, com palestra de Adriana Santos de Oliveira, presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso.
Para Adriana, palestrante do Colóquio, o diálogo entre profissionais e população sobre direitos dos idosos é essencial. “É uma oportunidade em que a gente consegue fazer diagnóstico e trabalhar as posições que são apresentadas pela população e, a partir daí, estabelecer ações efetivas no enfrentamento às diferentes formas de violência”, explica. Para além de combater violências, debates como o do Colóquio buscam a garantia de direitos. “Ter ações afirmativas, praticar a intersetorialidade na política pública e ter esse diálogo com a população são ações simples, mas que requerem esforço de todas as entidades, para que a gente tenha de fato a garantia de direitos e defesa da população idosa”, completa.
O Colóquio faz parte da Campanha Sensibiliza Campos Gerais, que busca mobilizar a sociedade para a prevenção e conscientização da violência contra a pessoa idosa. Municípios da região aderiam à ação, com iluminação dos prédios públicos na cor violeta, símbolo da Campanha, panfletagem e atividades com idosos. “Essas ações fortalecem a pessoa idosa, sensibilizando as pessoas pro cuidado e atenção a essa população”, ressalta Vanessa Letícia Costa, membro do Conselho Municipal de Direitos à Pessoa Idosa de Castro (CMPDI). Segundo ela, os direitos dos idosos começam a ser violados dentro da própria família. “Por isso, o principal foco é trabalhar essa responsabilização familiar, esse olhar da família com o idoso, porque se o idoso é protegido na família, é protegido fora dela também”, salienta.
“O Sensibiliza Campos Gerais é de suma importância para multiplicação das informações. Primeiro para desmistificar a questão do processo do envelhecimento, que é um direito”, destaca Gesilaine Moreira Ferraz, presidente do CMPDI de Castro. “Precisamos debater cada vez mais as particularidades do envelhecimento e também trabalhar a questão do preconceito, então é muito importante para disseminar as informações”, finaliza.
Texto e fotos: Jéssica Natal