O objetivo do evento foi promover o debate sobre formulação, desenvolvimento e implementação de políticas públicas na área, com participação das comunidades acadêmicas das universidades participantes, órgãos públicos do Estado e a sociedade. O reitor em exercício, professor Ivo Mottin Demiate, afirmou ser um grande orgulho ver a UEPG representada por seus professores e alunos em espaço de tomada de decisões. “Uma Universidade que investe e se destaca nas áreas de pesquisa e inovação não poderia ficar fora deste espaço de discussão tão importante. Ver a UEPG aqui, representada pela nossa equipe, junto a outras instituições relevantes na produção de ciência, mostra o prestígio da nossa universidade”, celebra.
Realizada pelas secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seti) e Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI) do Estado do Paraná, no campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Conferência promoveu debates em diversas áreas ligadas à ciência e tecnologia. O evento tem apoio da Fundação Araucária e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); e contou com a participação de todas as universidades estaduais do Paraná.
A vinda da UEPG foi coordenada pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp) e a Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi). “Tivemos um engajamento muito grande, com 30 pessoas da UEPG participando, dentre os professores, equipe da Agipi e o Grupo de Teatro Científico. É muito relevante para o trabalho nosso no dia a dia esse engajamento de todo mundo entender a importância de participar de um evento como esse, com discussões pertinentes”, destaca o diretor da Agipi, professor Albino Szesz Júnior. Para ele, as discussões representaram o futuro da ciência. “Não há pessoas melhores para discutir o tema. São pessoas de universidades, sociedade civil e estudantes, que estão envolvidas em várias situações, e a UEPG obteve destaque na participação”.
Para o chefe do Escritório de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia (Epitec), da Agipi, professor Carlos Abud, o contato com outros profissionais que atuam em ciência e tecnologia no Paraná foi fundamental. “Fizemos um bom diálogo com pessoas de universidades, setor público e empresarial. Foi muito importante conhecer e também entender como são as linhas de fomento que o Governo está pensando para a área de inovação”.
Abertura
O diretor da Fundação Araucária, professor Ramiro Wahrhaftig, relatou o otimismo do desenvolvimento científico no Paraná. “Em quatro décadas de trabalho com ciência e tecnologia, afirmo que este é o melhor momento para a área em nossa estado, em termos de investimentos”. Para o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Guila Calheiros, a realização da conferência não é apenas um encontro. “O retorno da conferência, após 14 anos sem ser realizada, representa o retorno fundamental de uma visão compartilhada de futuro, feita pela comunidade científica em conjunto com a comunidade”, pontua o secretário.
Professores
“Fiquei entusiasmado com as discussões que nós tivemos. Como fui quatro vezes coordenador de pós, tinha muito interesse em participar e fiquei bem feliz”, descreve o professor do Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética, Roberto Artoni. “Quem faz ciência, quem está na ponta, precisa ser ouvido. Aqui, nós tivemos voz e pudemos nossas opiniões sobre o que é melhor para a sociedade”, completa.
Política pública se faz com as pessoas que a praticam. É o que afirma o vice-presidente do Fórum Nacional de Coordenadores UAB e assessor da Seti, professor Carlos Willians Jaques Morais. “Tivemos a possibilidade de produzir um debate bastante produtivo, bastante prospectivo e bastante orientado às expectativas daqueles que fazem a ciência”, ressalta. Segundo Carlos, “tudo aquilo que concerne a uma ciência precisa levar à transformação, emancipar e apresentar soluções práticas na vida das pessoa. E é isso que nós debatemos aqui”.
Texto e fotos: Gabriel Miguel e Jéssica Natal