A professora Valéria Albach do Departamento de Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Detur-UEPG) participou como mentora na Maratona de Ideação pela Natureza – Conservathon. O objetivo do evento foi idealizar soluções que desenvolvam e conservem a Grande Reserva Mata Atlântica. A iniciativa reuniu mais de mil pessoas e aconteceu de forma on-line, entre 13 e 15 de outubro.
Uma parceria entre a Fundação Araucária e a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o Conservathon visa selecionar propostas que auxiliem no desenvolvimento e na conservação da Mata Atlântica, que abrange três estados e 48 municípios.
Sobre a sua atuação no evento como mentora, a professora avalia positivamente a experiência. “Foi a primeira vez que participei de um hackaton e fiquei encantada com a metodologia que transforma as ideias tão rapidamente por meio da colaboração. Ser mentor é participar desse processo colaborativo, ajudando na criação e validação das soluções”, adiciona Albach.
“Os mentores ficam disponíveis durante todo o evento para atender os chamados das equipes”, conta Albach. “Como tenho bastante vivência com a realidade do litoral norte do Paraná, pois atuei em diversos projetos, pude passar essa realidade para as equipes aprimorarem suas ideias, protótipos e propostas”, ressalta.
Albach também percebe uma maior participação feminina. “No Conservathon, 53% dos participantes eram mulheres. Isso é inédito em hackatons”, aponta. Conforme informações da organização, o evento reuniu participantes de diferentes nacionalidades, de 276 cidades e 25 estados brasileiros.
A professora avalia que a experiência foi fantástica. “Espero ir com alunos ou colegas na próxima edição, dessa vez formando uma equipe”, comenta. Nos dias 13 e 14 de novembro, Albach será mentora no Climathon, um evento internacional, no mesmo formato, com o objetivo de propor mudanças que amenizem os efeitos da mudança climática.
Seleção e vencedores
As três ideias vencedoras do Conservathon foram: um modelo socioeconômico para auxiliar pescadores artesanais a reduzirem as perdas quando a espécie pescada é diferente daquela pretendida pelo pescador; um sistema customizado de monitoramento ambiental remoto para facilitar a gestão de áreas naturais; e um sistema de reconhecimento facial para o controle do fluxo de pessoas em unidades de conservação. Elas receberão, respectivamente, os prêmios de R$ 10 mil, R$ 5 mil e R$ 2 mil.
Foram selecionadas as 15 propostas que apresentaram maior potencial de execução, que passarão por um processo de mentoria on-line e aceleração ao longo de 15 dias. Os projetos que demonstrarem maior viabilidade de execução receberão apoio financeiro, somando até R$ 600 mil.
Texto: William Clarindo, com informações da Fundação Araucária | Foto em destaque: Aline Jasper / Foto no texto: Arquivo pessoal