Dia do Servidor: Pardal fala dos seus 22 anos de trabalho na Fescon UEPG

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Márcio Kudrik, servidor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) há 22 anos, trabalha na Fazenda Escola Capão da Onça desde que entrou na instituição. Aos 44 anos, ele comemora o tempo dedicado à UEPG. “Faço aniversário bem no dia do professor, 15 de outubro. Este ano, completei 44 anos de vida e 22 anos de trabalho na Fazenda Escola, ou seja, é metade da minha existência aqui”. Conhecido como Pardal pelos colegas, Kudrik é natural de Cândido de Abreu e veio com a família para Ponta Grossa quando tinha apenas três anos.

No município, cresceu no meio rural e aprendeu a cuidar da terra ainda na infância. “Quando chegamos na cidade, a empresa na qual o meu pai trabalhava cedeu uma chácara para ele. Todos nós ajudávamos na horta, plantação de milho e feijão. Dessa forma, eu criei um vínculo com a terra”, conta. No primeiro emprego, Pardal trabalhou no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar), em uma fazenda modelo. “Foi onde tive os primeiros contatos com os animais de grande porte e com os maquinários usados na plantação”.

Ingressou na UEPG em 1998, após prestar concurso para trabalhar como técnico administrativo. “Fiquei muito feliz ao ver o resultado e saber que passei. Gosto do serviço que realizo, tanto que estou aqui até hoje”, diz. “Quando comecei na Fazenda Escola, eu só conhecia a parte básica, que era dirigir trator e roçar a terra, mas com o tempo, fui aprendendo novas técnicas e adquirindo conhecimento. Os funcionários que já estavam no local ensinavam os mais novos e eu tive a sorte de trabalhar ao lado deles quando entrei”.

Na Fazenda Escola, o servidor é encarregado da seção de produção vegetal e de armazenamento. “Eu cuido do campo, plantio, colheita, pulverização e organizo a parte estética da fazenda”. Pardal é responsável pelas duas safras anuais que há no local. No plantio de inverno, que vai de maio a julho, há a plantação de aveia e trigo, com colheita em outubro e novembro, e na safra de verão, a equipe planta soja, feijão e milho, que são colhidos em março e abril. “A soja e o trigo nós enviamos para a indústria. Uma parte do milho é vendida e a outra parte retorna à Fazenda Escola para a fabricação de ração. O feijão é destinado para o consumo no Restaurante Universitário da UEPG, Hospital Universitário Regional, Hospital Universitário Materno-Infantil e Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Comunitária (Crutac), explica.

Maria Marta Loddi, administradora da Fazenda Escola, elogia a dedicação do servidor e afirma que Kudrik é um dos funcionários mais ativos do local. “O Pardal, apelido carinho que ganhou dos colegas, é o meu braço direito. Ele se preocupa com a Fazenda Escola e está sempre atento, seja nos finais de semana ou feriados. A Fazenda está dentro do coração dele”, enfatiza. “O Márcio é responsável pela parte agrícola, mas se precisarmos de ajuda na parte administrativa, ou pecuária, ele está sempre disponível. Devido ao bom relacionamento que tem com as pessoas, ele é um elo entre nós do escritório, os pesquisadores e as assessorias das empresas que mantêm convênio com a universidade”, afirma Maria Marta.

De acordo com Kudrik, um aspecto especial da profissão está na oportunidade de trocar informações com docentes e acadêmicos da UEPG. “Eu tenho muito contato com os alunos, professores e eles são maravilhosos comigo. Há um compartilhamento entre nós, eles passam o conhecimento que adquirem em sala de aula e eu tiro algumas dúvidas sobre a questão prática quando é preciso. Além de aprender, eu sempre busco ajudar da melhor forma possível”. O agente universitário também destaca o papel da reitoria na Fazenda Escola. “O reitor, a cada passo, vem acompanhar o trabalho que realizamos, ver como estamos e visitar as instalações. Ele se preocupa com os funcionários. Logo, vamos ganhar um novo alojamento que está em fase de construção. Essa é uma reivindicação antiga e que a atual gestão vai atender”.

Pai de dois filhos e uma filha e avô de um menino de quatro anos, Pardal agradece pelas oportunidades. “Nós sabemos que não está fácil nesse período de pandemia e eu sou muito grato pelo emprego que tenho. O sustento da minha família sai daqui e tudo o que eu conquistei até hoje foi graças à UEPG”, destaca.

Texto e fotos: Vanessa Hrenechen

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