Palestra sobre dinossauros brasileiros traz famílias e pesquisadores ao MCN

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O Museu de Ciências Naturais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (MCN-UEPG) promoveu ontem (23) a palestra “Dinossauros do Brasil: 170 milhões de anos em evolução”. Ministrada pelo paleontólogo Luiz Eduardo Anelli, o evento lotou o auditório do Museu com famílias, pesquisadores e outros entusiastas da fauna pré-histórica.

Como falar para um público tão variado? “O mundo dos dinossauros é superdesconhecido. Então, tudo é novidade para a criança, para o jovem e para o adulto”, reflete o palestrante Luiz Eduardo Anelli. Em sua fala, Anelli desmistificou e explicou alguns dos métodos científicos, abordou o contexto geológico em que surgiram os dinossauros e apresentou alguns dos espécimes encontrados no Brasil. “O professor prende a gente com a forma com que ele apresenta um assunto bem complexo e ele sabe equilibrar a parte científica e a parte lúdica, porque as crianças gostaram e conseguiram entender tanto quanto os adultos”, pensa Caroline Aparecida dos Santos Carneiro, que acompanhou a palestra com sua filha.

Para o professor, os dinossauros mostram coisas ligadas ao mundo dos adultos, como a origem do aquífero Guarani, dos mamíferos e do petróleo do pré-sal, mas também desperta o interesse das crianças com curiosidades sobre o que comiam, como morriam e como foram extintos. “As crianças adoram porque elas estão trazendo os pais para o mundo dos dinossauros e isso é muito importante para elas, porque elas estão ganhando companheiros na solução desses mistérios”, continua. Para Caroline, essa lógica se inverteu. “Desde que eu era criança eu gosto muito desse assunto e agora estou passando isso para minha filha. Ela ficou super empolgada”, pensa.

“Eu considero o professor Anelli um dos melhores comunicadores de ciência do Brasil e ele que nos procurou, porque ele queria conhecer o Museu”, conta o coordenador do MCN Antônio Liccardo. O professor atualmente realiza uma “Trilha dos Dinossauros”, em que passa por locais em que possa conhecer esqueletos, rochas e minerais da história geológica da Terra. “A conversa com o Museu é muito importante, porque a gente tem muita pesquisa acontecendo e Ponta Grossa é uma referência em paleontologia. Nós temos muita informação rica que vai agregar nesse roteiro que ele está produzindo”, complementa.

A palestra também contou com a presença de Carlos Eduardo de Mesquita Barros, o presidente do Núcleo Paraná da Sociedade Brasileira de Geologia. Na ocasião, Barros pode conhecer o MCN pela primeira vez. “Eu estou muito impressionado com a qualidade do acervo, do espaço físico e a importância que esse tipo de ação desenvolve no sentido de desencadear sinapses nas cabeças das crianças”, comenta Barros. O sentimento é ecoado por Anelli. “Se eu fosse criança e estivesse perto da minha casa, eu iria passar aqui todos os dias depois da escola. É uma coleção maravilhosa, fantástica e muito especial”, completa.

Texto e fotos: William Clarindo


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