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Aluna da UEPG desde 2016, Luane sempre foi brilhante. É o que afirma o professor Luiz Lacerda, que a acompanha desde a iniciação científica. “Sempre foi uma aluna com muita disposição para o trabalho e muita proatividade, sabe? Então isso rendeu a ela um trabalho numa revista com fator de impacto alto e o prêmio de melhor trabalho na iniciação científica no Encontro Anual de Iniciação Científica”, recorda.
Sorridente, Luiz não esconde o orgulho da orientanda. “Ela sempre está um passo à frente das coisas que a gente tem como demanda para ela; é um privilégio ser orientador dela, muito bacana”.
Quando viu a oportunidade de pleitear uma bolsa da Capes para o doutorado sanduíche, não hesitou. Juntamente com Luiz e o professor Ivo Mottin Demiate, Luane buscou um professor orientador no Canadá que, caso ela fosse aprovada no edital, pudesse recebê-la. “Foi um processo relativamente rápido, a minha primeira inscrição foi em novembro de 2023 e aprovação pela Capes foi em fevereiro de 2024”, recorda.
Meses depois, Luane desembarcava para uma experiência que não só iria contribuir para sua pesquisa, como também modificaria sua visão de mundo profundamente. “Aprender novas técnicas e metodologias de análises laboratoriais, comunicar-se em outra língua e ainda poder discutir a pesquisa com pesquisadores renomados foi incrível e recompensador”, comenta. “Mas nada se compara ao crescimento pessoal que tive neste período. O maior aprendizado: há mais capacidade em nós do que julgamos possuir”.
Luiz também comenta que o amido, na forma nativa dele, não é muito bem aproveitado na indústria. “Então, a gente precisa fazer algumas modificações estruturais; a gente sempre busca, pelo menos o nosso grupo de pesquisa, essas modificações físicas – com o uso de calor, o uso de radiação, ultrassom – para que a gente procure minimizar a produção de resíduos. São tecnologias que a gente pode chamar de tecnologias verdes para tratar os materiais”.
Por se tratar de um tema de relevância mundial e por conta da similaridade da pesquisa, Luane escolheu a University of Saskatchewan. “Há um grupo de pesquisa bastante consolidado que estuda modificações de amido de leguminosas. Além disso, eles possuem alguns equipamentos com alta tecnologia e precisão que poderiam elevar ainda mais a qualidade da pesquisa”, revela.
A egressa relata que chegou no Canadá com expectativas altas a respeito do trabalho que iria desenvolver ali e, além da qualidade científica que encontrou, acabou conhecendo uma cidade linda e acolhedora. “A presença de imigrantes de vários países fez com que a experiência fosse ainda mais enriquecedora e divertida. Conheci pessoas incríveis, que tornaram meu tempo no Canadá mais especial”.
Luane voltou para a UEPG para concluir seu doutorado com a certeza de ter vivido uma experiência enriquecedora. “Minha primeira experiência internacional não poderia ter sido mais proveitosa. Foram cinco meses de muito aprendizado e troca de experiências”.
Texto: Domitila Gonzalez. Fotos de arquivo: Luane de Oliveira Maior.
O professor Luiz reconhece as mudanças e a importância de uma vivência como essa para a carreira de Luane. “Uma experiência fora do país ajuda muito na capacitação do estudante”, ressalta. Satisfeito com o desempenho da orientanda, agradece a UEPG, a Capes e a Universidade no Canadá por permitir o crescimento do PPGCTA por meio de Luane. “Para a gente, um trabalho bem feito, como o dela e de outros alunos nossos aqui, abre as portas para futuros trabalhos. Isso aumenta muito a visibilidade na parte de pesquisa e o meio científico vê com muitos bons olhos essa parceria internacional”, finaliza.
Texto e foto: Domi Gonzalez. Fotos de arquivo: Luane de Oliveira Maior.