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Anna Cláudia Morais de Oliveira Capote, aluna de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em parceria com a Unicentro, entrou para a estatística da UEPG referente aos estudantes que realizam um período de seu doutorado fora do país. Atualmente, Anna está desenvolvendo sua pesquisa como bolsista da Capes na Universidade de North Carolina Wilmington (UNCW), nos Estados Unidos.
Uma vida dedicada à pesquisa
Desde o início de sua carreira acadêmica, Anna estuda o óleo obtido das sementes da espécie vegetal Croton tiglium L., chamada popularmente de óleo de croton. “A ideia inicial de toda a pesquisa era verificar a atividade pró-inflamatória dos ativos presentes nesse óleo. E com os anos, após grandes estudos em nosso laboratório [da UEPG], conseguimos comprovar que, em uma formulação de uso histórico na área dos peelings químicos, o óleo de croton que promove a ação rejuvenescedora”, esclarece.
O que era para ser apenas uma iniciação científica transformou-se em paixão pela pesquisa e fez com que ela iniciasse o mestrado e, agora, o doutorado. “Trabalho com a produção de sistemas carreadores do óleo de croton com a finalidade de peeling químico profundo, sendo também co-orientada pela professora Patrícia Mazureki Campos”.
Em sua primeira experiência internacional, tanto acadêmica quanto pessoal, Anna relata que todos os dias são de aprendizado profundo. “Eu realmente achava que seria tudo mais fácil – só que não é bem assim que se trata de ciência. Eu aprendi a lidar com a frustração de demorar pra conseguir um resultado, algo mais concreto”.
Aprendizados diários
Com data prevista de volta para dia 30 de abril, a pesquisadora aproveita cada segundo da oportunidade e passa dez horas por dia nos laboratórios. “Como é difícil a gente sair da nossa zona de conforto, ir pra outro lugar, com outros colegas de laboratório, outros professores e uma rotina completamente diferente”, confessa. Anna reforça que foi muito bem recebida pelos dois professores, desde o primeiro dia. “Eles me apresentaram todo o pessoal do laboratório, o laboratório, o funcionamento, a rotina…”
A estudante não esconde seu carinho pela UEPG e sua admiração pelo PPG, pelos professores Flávio e Patrícia, e pela ciência produzida na instituição. “Eu amo a UEPG, passei quase metade da minha vida ali e gostaria de agradecer ao suporte que eu sempre tive”. Anna finaliza dizendo que quando chegou em outro lugar, com outra infraestrutura, celebrou sua universidade de origem. “A gente faz muito na UEPG! Eu acredito que se cada vez mais fosse investido na ciência, com certeza sairiam maiores resultados ainda”.
Os professores também reforçam seu orgulho pela orientanda. Flávio Beltrame se declara um grande incentivador das experiências internacionais. “Eu tive uma oportunidade de fazer meu pós-doc no exterior, fiquei fora pouco mais de um ano e foi uma experiência inesquecível”, afirma. “Depois que eu voltei, quando eu comecei a orientar na pós-graduação, todos aqueles meus alunos que tiveram interesse em realizar um estágio no exterior, eu sempre incentivei”.
Evelyn Assis de Andrade, egressa premiada da graduação, mestrado e doutorado no PPGCF, realizou, no ano passado, a primeira banca de defesa de doutorado em língua inglesa do PPG. Incentivada pelo professor Flávio, Evelyn também cursou parte de seu doutorado no exterior.
Flávio afirma que a experiência acadêmica tem um valor muito grande, mas nada supera o crescimento pessoal que o estudante ganha, ao realizar um período de mobilidade durante sua carreira acadêmica. “Esse contato com outras culturas, com outras pessoas enriquece os alunos, enriquece a todos nós de uma maneira muito especial”, destaca. “Os alunos amadurecem porque eles vão ter que entrar em contato, se virar com aluguel, comprar comida, muitos desses vivem ainda nas casas dos pais… Então tudo isso faz com que o aluno volte de lá muito mais amadurecido, muito mais consciente do que é fazer uma pós-graduação, do que é ser um pesquisador, do que eles esperam para o futuro deles”.
Patrícia Mazureki Campos destaca o empenho e o entusiasmo de Anna. “Ela tem um espírito de sempre querer ir além, de não esgotar as possibilidades até tentar todas elas, é sempre muito empolgada, engajada com a pesquisa”. Rasgando elogios para a co-orientanda, Mazureki ressalta que a experiência de Anna no exterior vem a somar com o perfil dela. “A internacionalização, para ela, realmente foi um divisor de águas que tem mostrado que ela tem a capacidade de ocupar posições também no exterior”.
Texto: Domi Gonzalez. Fotos: Anna Capote.