Os Hospitais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) assinaram um termo de cooperação com a Organização da Sociedade Civil Doutores Palhaços SOS Alegria. O documento regulamenta as intervenções que acontecem no HU, no Materno-Infantil (Humai), no Ambulatório Universitário Amadeu Puppi (Ambuap) e na Casa da Acolhida.
Bruno Madalozo, coordenador geral da ONG, conta que o primeiro contato com os hospitais universitários ocorreu em julho de 2014, em que houve uma solicitação de intervenções dos palhaços no ambiente hospitalar. Isso ocorreu pelo grande fluxo de atendimento e o tempo de permanência em sala de espera dos pacientes, principalmente os que vinha de outras cidades.
“Logo, a intervenção cômica contribuiria para amenizar a rotina tantos dos pacientes, quantos dos profissionais de saúde. As intervenções tiveram início em setembro do mesmo ano, mas não tiveram continuidade por questões burocráticas”, explica. Ele disse ainda que o contato ressurgiu logo após a pandemia da Covid-19 e o hospital foi muito receptivo desde então.
A diretora Fabiana comenta ainda que é nítida a alegria e a leveza com que os servidores interagem com os Doutores Palhaços, durante os encontros de humanização realizados, trazendo momentos que oportunizam o “desestressar” das equipes que cuidam tão bem dos pacientes. “Mais relevante ainda, são os momentos de encontros com pacientes que estão internados, ou sendo atendidos nos nossos ambulatórios, exames ou procedimentos, que oportunizam sorrir com a alma de criança”, finaliza.
De acordo com a coordenadora artística da ONG, Micheli Vaz, a presença de palhaços artistas, capacitados para atuação no ambiente hospitalar, pode ser observada como uma estratégia de amenizar a experiência da hospitalização, ou da passagem desse paciente pelos espaços de saúde. “Quando existe a necessidade de iniciar um tratamento de saúde é sempre um período marcante em nossa vida, e nesse contexto o ambiente hospitalar pode parecer assustador, tanto para crianças quanto para os adultos e idosos”, disse.
Segundo Micheli, o palhaço tenta contribuir, no ambiente hospitalar, para minimizar o impacto que essa experiência poderá ter. “Com abordagens bem-humoradas e lúdicas, propomos encontros positivos e potentes, aceitando que mesmo hospitalizados esses pacientes estão ali, sua essência está ali – e porque não brincar nesse momento? Logo, a presença dos palhaços tem o propósito de resgatar os aspectos potentes daquela pessoa, com o intuito de amenizar o impacto emocional através da arte e do encontro”, comenta Micheli.
Texto: Tierri Angeluci | Fotos: Jéssica Natal