Professores e estudantes de Engenharia de Alimentos falam sobre nota 4 no MEC e Enade

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A graduação em Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebeu nota 4 no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Conceito Preliminar de Curso (CPC) do Ministério de Educação (MEC). Em ambos os índices, o curso está entre apenas nove da UEPG avaliados com 4 ou 5. Com duração mínima de 5 anos, o curso foi reconhecido por decreto em 2002. Atualmente, possui 17 professores e 140 alunos.

Na penúltima avaliação, o curso recebeu nota 3. A avaliação levou a coordenação do curso a realizar uma pesquisa com os estudantes para averiguar onde estava o problema. “Assim, foi elaborado um novo projeto pedagógico com enfase nas disciplinas onde tinha ocorrido maior número de erros pelos alunos. O resultado positivo pode ser verificado nos últimos anos onde foi atingido uma nota maior”, comenta a vice-coordenadora de curso Eliane Godoy. “O curso atende todos requisitos considerados na avaliação do MEC, e ressalto aqui os laboratórios, a titulação dos professores, o envolvimento dos alunos em pesquisas e estágios”.

Reconhecimento

Para a vice-coordenadora do curso Eliane Godoy, o reconhecimento é motivador. “Além de demonstrar que nosso dever foi cumprido e que toda dedicação foi frutífera, somos impulsionados a fazer cada vez mais pelo curso”, considera. “Foi empolgante, imediatamente começamos a divulgar o resultado para compartilhar com todos os envolvidos a nossa alegria”, lembra Godoy.

O egresso Matheus Carraro descobriu a nota do Enade pelas redes sociais da UEPG e ficou muito feliz por ter sido parte desse reconhecimento. “Estar entre os melhores cursos da UEPG é gratificante, e manter o curso de Engenharia de Alimentos entre os melhores da Universidade gera um sentimento ímpar de satisfação com um quê a mais por ter participado dessa conquista. Gera um sentimento maior, um sentimento de posse: é o meu curso, é a minha universidade”, pensa Carraro.

Para a professora Ana Barana, a nota reflete o esforço conjunto de professores e funcionários na boa formação dos alunos. “O reconhecimento mostra que estamos no caminho certo e que a união faz a força. Não teríamos chegado até aqui sem o bom trabalho de professores de outros departamentos também, como química, matemática, biologia e física”, aponta.

“A boa avaliação reflete não somente o conhecimento adquirido pelos alunos, mas também demonstra a qualidade dos docentes e a efetividade deles em transmitir seus conhecimentos e experiências”, adiciona Carraro. “A nota é resultado da qualificação e maestria dos professores e o interesse e determinação dos alunos em buscar a aptidão requerida para o mercado de trabalho. Todos ficamos muito felizes e orgulhosos”, ressalta Thaís Estéfane Fischer, egressa do curso e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

“Com certeza essa avaliação terá reflexos tanto para a instituição quanto para os profissionais egressos que terão o conceito de excelência em seu curso de formação”, pensa a egressa Joyce Thais Maravieski Rodrigues Pacheco. “A nota mostra que os professores e os alunos sempre se esforçam para aproveitar a estrutura oferecida pela universidade e saber que você está num curso de qualidade, em tempos difíceis, dá mais motivação para os graduandos estudarem e se prepararem para o mercado de trabalho”, considera a egressa Taynara Pacheco Valério.

Sinergia

Carraro não credita apenas um aspecto específico ao sucesso do curso e reconhece a conexão entre todas características. “Entretanto, posso dizer que muitos dos professores vão além do seu papel de professor, tornam-se mestres e despertam o desejo de segui-los”, reflete. Segundo o egresso, os professores não se importam somente com o aluno em sala de aula. “No decorrer do curso perdi minha mãe e senti, em primeira mão, o quanto todos estavam preocupados comigo”, lembra Carraro.

“Os professores são todos doutores, especializados em diferentes áreas da Engenharia de Alimentos, e todos sempre estão buscando se atualizar, tanto nos conhecimentos quanto na evolução didática nas aulas teóricas e práticas”, explica Godoy, que elogia o comprometimento dos professores e dos acadêmicos do curso. “Os estudantes têm se mostrado muito envolvidos em todas as atividades, demonstrando dedicação e interesse na formação profissional”, reconhece.

Desde o primeiro ano, estudantes são encorajados a realizar estágios com professores no curso e ouvem relatos de egressos sobre experiências de estágio na Universidade e no mercado externo. “Os calouros e calouras também são encorajados a se manifestarem sobre as expectativas que trazem sobre o que um curso superior pode lhes proporcionar”, completa Godoy.

Barana ressalta a dedicação integral dos professores. “Todos os professores estão trabalhando em projetos de pesquisa e/ou extensão, o que ajuda os alunos a expandirem seus conhecimentos, pois podem colocar em prática o aprendizado teórico e o espírito investigativo”, afirma. A professora também destaca o programa de pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, que possui mestrado e doutorado.

“A pós possibilita a captação de recursos por parte dos professores e, consequentemente, podemos equipar os laboratórios com equipamentos de última geração”, fala Barana. O curso também conta com a Escola Tecnológica de Leite e Queijos, que anualmente forma cerca de 30 mestres queijeiros. “Na Escola, alunos e professores do curso de Engenharia de Alimentos se empenham ao máximo para que tudo funcione bem. Temos também 3 plantas-piloto: um laticínio, uma panificadora e uma produtora cárnea, onde nossos alunos podem reproduzir processos que acontecem em grandes indústrias”, explica Barana. Ao todo, são 14 diferentes laboratórios especializados em diversas especialidades.

Oportunidades

“O mercado de trabalho para o Engenheiro de Alimentos é amplo e todas as disciplinas ofertadas possibilitaram nossa capacitação profissional para atuar no setor da indústria alimentícia, a qual necessita de profissionais qualificados”, reflete Thaís Estéfane Fischer, egressa do curso e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Segundo Godoy, o mercado de trabalho para a Engenharia de Alimentos está muito aquecido, devido à vocação agrícola do Brasil e mais especificamente da nossa região. “A industrialização de matérias-primas agropecuárias tem se modernizado muito e isso requer mão de obra qualificada. As exigências legais e de mercado, com consumidores cada vez mais conscientes da relação alimentação e saúde fortalecem a importância do profissional no mercado”, ressalta Godoy.

“Os estudantes concluintes têm estagiado em grandes e conceituadas empresas em todo o território nacional e muitos deles têm sido efetivados no quadro de colaboradores após o estágio”, continua. “É muito gratificante constatar que um produto que você participou do desenvolvimento está ajudando a alimentar e manter a saúde da população”, adiciona Godoy. O curso também conta com empresa júnior e oportunidades em iniciação científica.

Para Barana, a nota 4 mostra que o curso está no caminho certo. “Ao mesmo tempo, tudo isso nos leva a refletir sobre os pontos que podemos melhorar para que a próxima avaliação nos traga resultados ainda melhores”, completa. “Assim, esperamos contornar as dificuldades que o momento apresenta, vencendo os desafios com muita determinação para consolidar a qualidade do profissional que formamos”, finaliza Godoy.

Texto: William Clarindo | Fotos na Escola de Queijos: Luciane Navarro | Outras fotos: Arquivo CCom e arquivo pessoal

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