Com custo unitário de cerca de R$ 445 mil, as torres já estão em uso no Centro Cirúrgico. “É um investimento para melhoria do parque tecnológico do Centro cirúrgico”, aponta a diretora-geral dos HUs, professora Fabiana Mansani. “As duas novas torres de vídeo de alta tecnologia podem ser usadas principalmente pelos procedimentos que envolvem cirurgia geral e ortopedia”.
Compostas por conjunto de equipamentos utilizados para visualizar órgãos ou cavidades corporais com uso de uma câmera de vídeo acoplada a um sistema ótico, as torres são utilizadas para cirurgias por videolaparoscopia. “A cirurgia por vídeo é considerada minimamente invasiva e traz vários benefícios aos pacientes”, explica o chefe da Seção de Material Médico e Tecnovigilância do HU, Roni Rodrigues.
Esse tipo de procedimento diminui o trauma cirúrgico, traz menos dor e menor chance de complicações depois da operação e diminui o tempo de internação hospitalar. “Tem uma efetividade muito maior no tratamento e recuperação, se comparada com a cirurgia tradicional, que é aquele corte extenso feito nos pacientes”. Com imagens em alta resolução, os novos equipamentos facilitam, ainda, a visualização dos órgãos internos durante a cirurgia, aumentam a precisão dos procedimentos e diminuem as chances de erro.
Videolaringoscópios
Os dispositivos já estão disponíveis para as equipes do Centro Cirúrgico. “É uma tecnologia nova, que nenhum hospital do SUS tem aqui na nossa região”, enaltece a professora Fabiana. Como explica a diretora, o videolaringoscópio permite fazer o procedimento através de uma imagem de vídeo, deixando mais exato o procedimento e facilitando nos casos em que há dificuldade para entubar. Com os equipamentos, prevê-se um aumento na taxa de sucesso de entubação, redução no tempo dos procedimentos e diminuição da força exercida.
Quando há lesões ou fatores anatômicos que dificultam a visualização da traqueia, entra em cena o videolaringoscópio. Como explica o diretor técnico do HU, Ricardo Zanetti Gomes, o equipamento amplifica a visão da garganta do paciente. “No momento de pôr a cânula dentro da traqueia, o profissional consegue enxergar melhor e diminui a probabilidade de erro no procedimento”. Em tempo real, o equipamento mostra em um monitor de vídeo as vias aéreas do paciente, por meio de uma câmera em sonda, que alcança a região das cordas vocais, por onde deve passar o tubo. Com isso, é possível realizar a entubação com segurança, mesmo em casos de vias aéreas comprometidas ou desafiadoras.
Texto e fotos: Aline Jasper