Os acadêmicos e egressos do curso de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa são notoriedade por onde passam. A Procuradoria da República de Ponta Grossa (MPF) é uma das instituições testemunhas dessa prova. O último processo seletivo para contratação de estagiários teve destaque da UEPG. Na lista geral de aprovados foram cinco acadêmicos da Universidade entre os primeiros 20 colocados no estado. Dos 24 aprovados na última prova, quase a totalidade são de alunos da instituição.
O resultado foi divulgado em maio. Ary Cordeiro, estagiário recém-chegado no MPF, conquistou a vaga com a nota máxima. Para ele, o bom desempenho tem total influência da UEPG. “Quando realizei a prova de estágio para o MPF, tinha iniciado há poucas semanas o terceiro ano da faculdade, então as expectativas estavam altas”, conta.
Quando o resultado saiu, a alegria foi grande. “A sensação de poder trabalhar em um lugar que eu já me imaginava foi indescritível. A UEPG, sem dúvidas, foi peça chave para isso, já que o ensino ultrapassa aulas expositivas e chegam até a pesquisa, a cultura, o pensamento crítico e o autoconhecimento”, destaca. Estagiário há pouco mais de um mês, Ary ressalta o ambiente acolhedor e incentivador para manter os estudos ativos. “Os profissionais do MPF são excepcionais. Sou muito grato e feliz por ter sido escolhido para fazer parte disso”, agradece.
O processo do MPF
O processo seletivo do MPF é organizado pela Procuradoria da República em Curitiba, com abrangência estadual, para graduandos ou graduados em determinadas áreas do conhecimento, dentre elas, o Direito. Como explica Christiane Cruvinel Queiroz, assessora jurídica no MPF-Ponta Grossa e professora colaboradora do Departamento Processual Penal na UEPG, as provas trazem questões de Direito Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal, Civil e Processo Civil. “A prova tem nível de dificuldade alto, considerando o teor do conteúdo programático para estudo e avaliação. O candidato concorre a vagas locais, nos municípios onde há sede do MPF”, destaca.
Em Ponta Grossa, há nove estagiários – seis da graduação e três graduados, todos da UEPG. No último concurso, foram duas notas máximas (100); três notas iguais ou acima de 8,5 e sete notas iguais ou acima de 7,0. “Comparativamente às demais unidades do MPF no Paraná, Ponta Grossa teve o maior número de notas máximas, por isso, enquanto professora posso afirmar que as nomeações de tantos acadêmicos da UEPG, inclusive na lista geral estadual, traduz a qualidade de ensino do curso de Direito”, destaca Christiane. Segundo ela os números são traduzidos no dia a dia, com acadêmicos comprometidos com as funções de estágio desempenhadas na instituição.
Experiências
Para João Paulo Weber Valentim, também estagiário, os conteúdos da prova do MPF foram os semelhantes aos aplicados nas avaliações do curso, o que tornou mais útil a preparação. “A UEPG foi muito importante nesse processo de estudos. Tive contato com diversos professores, alunos, livros, que são muito importantes pra um desenvolvimento mais amplo do conhecimento e das experiências”. João se diz grato até pelas áreas de convivência e estudos que a UEPG oferece. “Tudo que faço aqui no MPF é compatível com o que aprendemos na faculdade, com o que esperamos pro mercado de trabalho e também pra vida de concursos públicos”. A mesma experiência é percebida pela estagiária e aluna da UEPG, Bruna Ribas Bueno. “A UEPG permitiu uma nova realidade quanto ao processo de estudo, uma vez que conciliar outras atividades se tornou um novo desafio”, diz. A teoria aprendida em sala de aula foi a base que possibilita a prática. “Será a partir dela que os conhecimentos teóricos serão consolidados, permitindo maior entendimento e exercício da futura atividade profissional”, finaliza.
Texto: Jéssica Natal | Fotos: Arquivo Pessoal
