“Hip Hop Genealogia” foi indicado ao Eisner Awards, o mais importante dos quadrinhos norte-americanos e ganhou a admiração dos principais artistas da cena americana por apresentar detalhes da formação à cultura conhecida pelas expressões do rap, graffiti e break. Está tudo lá: das gangues de Afrika Bambaataa às block parties de Kool Herc, passando pela teoria da mixagem de Grandmaster Flash e pelas mutretas da Sugarhilll Records.
O Clube de Leitura de Quadrinhos da UEPG é um curso de extensão da UEPG vinculado projeto de extensão Cultura Plural e não exige nenhuma inscrição prévia nem participação anterior. O clube é parceiro da Biblioteca Central da UEPG e da editora paulistana Veneta, da qual recebe exemplares para promover a atividade e, depois, fortalecem o acervo da biblioteca. O projeto ocorre pelo seu terceiro ano sob coordenação do jornalista e professor colaborador de Jornalismo da UEPG, Ben-Hur Demeneck.
Sobre o autor e a obra
O autor da HQ, Ed Piskor, nasceu em 1982 na Pensilvânia e ficou famoso por sua parceria com o veterano roteirista underground Harvey Pekar, na série “American Splendor”. Mas o seu sucesso veio mesmo com “Hip Hop Genealogia”, inicialmente publicado em capítulos na revista “Boing Boing” e depois reunida em livro pela editora americana Fantagraphics e lançado no Brasil pela Veneta em 2016.
Segundo o rapper Emicida, que assina o prefácio da edição brasileira publicada pela editora Veneta, Hip Hop Genealogia “é um trabalho minucioso, de precisão cirúrgica, feito com o amor e o talento que só um fã autêntico é capaz de dedicar ao objeto de sua admiração”. Para Guilherme Sobota, de O Estado de S. Paulo, “‘Hip Hop Genealogia’ conta a história do gênero bastardo que conquistou o Ocidente”.
“Temos aqui uma leitura essencial, enfim, para estudiosos, professores, artistas e apreciadores”, recomenda Eduardo Ribeiro em publicação da Vice Brasil. No portal especializado em quadrinhos Formiga Elétrica, Gustavo Clive Rodrigues cravou – “Hip Hop Genealogia vai transportá-lo para o Bronx daquela época com uma força irrefreável. É uma verdadeira aula de história, que coloca o leitor na própria calçada onde está acontecendo um show de um dos movimentos culturais mais importantes do século XX, que pôde provar com tintas, música e dança que a arte tem um poder verdadeiramente transformador na vida das pessoas”.
Como participar
Qualquer interessado em participar do encontro do clube de leitura de quadrinhos da UEPG pode ir diretamente no dia dos eventos. Pode ainda buscar informações diretamente com organizadores e participantes, a exemplo de Rodrigo Martins, funcionário da Biblioteca da UEPG localizada no Campus Uvaranas – no mesmo prédio em que acontecem os eventos. O formato do encontro é de bate-papo entre leitores. Ou seja, ela não se estrutura como palestra. A atividade fornece carga horária para os participantes regulares.
Mais informações podem ser encontradas na aba de eventos do Clube de Humor e Quadrinhos Barão de Itararé (https://www.facebook.com/clubedehumor). Os bate-papos seguintes ocorrem em 20 de novembro e 11 de dezembro, quando se conversará, respectivamente sobre os quadrinhos “Estudante de Medicina”, de Cynthia B., e Autocracia”, de Woodrow Phoenix. O clube também apoiará a exposição de originais da HQ “Carolina”, de João Pinheiro e Sirlene Barbosa, programada para abrir em 19 de novembro no Museu Campos Gerais.
Texto: Ben-Hur Demeneck