Durante o encontro, os presentes puderam refletir sobre aspectos didático-pedagógicos de aulas e na estruturação dos cursos de graduação. O reitor em exercício e presidente do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), Ivo Mottin Demiate, explica que a flexibilização acadêmica otimiza a obtenção dos requisitos para a conclusão do curso. “É o início de uma discussão ampla com a comunidade sobre a flexibilização curricular. Nosso desafio, basicamente, é tornar os cursos mais atrativos para os jovens na realidade atual”.
O objetivo é facilitar o percurso acadêmico pelos currículos, para que os alunos se formem entre quatro a cinco anos. “Queremos que os alunos não passem muito tempo na graduação, para que não impacte na evasão”, explica. Segundo Demiate, a iniciativa também busca entender demandas do empregador, do sistema público ou privado. “Isso dará condições de trabalho aos nossos egressos e nós temos que nos adaptar. Então, é uma combinação de coisas que pressupõem a modernização do fluxo acadêmico nas universidades e modernização curricular”, conta.
A flexibilização acadêmica foi um projeto iniciado pelo Cepe, que convocou reuniões com setores em 29 de julho de 2023. “Não é uma coisa de curtíssimo prazo, é uma mudança que a gente vai ter que ir construindo para implantar brevemente. Mas temos que ter o tempo necessário para amadurecimento e discussão dessas questões”, completa Ivo.
Em 04 de julho de 2023, a Reitoria estabeleceu Comissões nos aspectos didáticos-pedagógicos e administrativos, para análise do regime semestral na UEPG, composto por pró-reitorias, colegiados e setores. “O evento é fundamental para que possamos democratizar o processo de tomada de decisão pela flexibilização da mudança de regime de oferta do regime acadêmico”, explica o presidente da Comissão Didático-Pedagógica e pró-reitor de Graduação (Prograd), Miguel Archanjo de Freitas Júnior. “Ouvir as experiências dos diferentes cursos da UEPG é fundamental para fornecer subsídios para que a comissão tenha elementos para poder refletir e fazer os encaminhamentos necessários para os Conselhos”.
A presidente da Comissão Administrativa e pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progesp), Eliane Rauski, salienta que a proposta do grupo de trabalho é apresentar um relatório com diagnóstico objetivo dos impactos das alterações nas questões administrativas. “Queremos avaliar se existe capacidade física para comportar duas entradas ou entrada única de alunos, as condições atuais de espaço físico e a política docente. Este diagnóstico é fundamental para a tomada de decisão pelas instâncias superiores”, finaliza.
Texto e Fotos: Jéssica Natal