O Setor de Ciências Humanas Letras e Artes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Secihla-UEPG) realizou na terça-feira (06) um debate sobre a formação de professores e a estrutura da educação básica no contexto das políticas conservadoras. O evento foi aula inaugural dos cursos do Setor, e contou contou com debate da professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Gisele Masson; e Angela Ribeiro Ferreira, docente da UEPG.
Com o título “O avanço ultraneoliberal e neoconservador e suas implicações na educação básica e na formação de professores na atualidade”, o evento iniciou com a fala da diretora adjunta do Secihla, Rosângela Maria Silva Petuba, que comentou sobre a importância da temática. “Nós entendemos que o setor de humanas agrega boa parte das licenciaturas da Universidade. Para nós é um compromisso de ofício fazer esse debate, porque precisamos entender em quais condições estamos formando os nosso alunos para exercer a docência em todos os níveis”, aponta. A professora explica que a realização da aula inaugural surgiu por meio do desejo dos coordenadores dos cursos e mestrados, chefes de departamentos, representantes docentes e discentes em acompanhar e discutir as diversas questões da área.
A palestrante Gisele Masson discutiu a importância de lutar contra os projetos do campo educacional que possuem cunho ultraneoliberal e neoconservador. “Pensar nas implicações desse avanço neoliberal e conservador para a educação básica e formação de professores é essencial, mas essa opressão se aplica a qualquer âmbito da sociedade, principalmente, quando pensamos nas políticas da área social”, argumenta.
Para a professora Angela, é necessário discutir os problemas do campo educacional para compreender como promover a resistência. “A educação não é um lugar calmo e tranquilo, é um espaço onde nós temos que nos colocar em resistência, seja por melhor qualidade de educação, de trabalho, econômicas ou por aquilo que nós acreditamos ser necessário ensinar”, ressalta.
Gisele Masson ainda explica que durante a discência é de grande importância que os estudantes compreendam que estar em uma Universidade pública é um direito de todos, “A Universidade deve ser popular, sem misoginia, racismo e preconceitos. Estar em uma Universidade pública significa ter acesso ao conhecimento, que deve ser para todos”, comenta a palestrante.
O evento foi marcado pela presença da professora da Universidade de São Paulo, Circe Bittencourt, e do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Raimundo Nonato Araújo da Rocha.
Texto e fotos: Rafaela Koloda