Projeto da UEPG distribui produtos de higiene e cosméticos para associação de catadores

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O projeto de extensão “ManipulAção: Manipulando cosméticos e transformando vidas”, do departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), realizou no último mês ações e atividades de promoção da saúde para integrantes da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis do Bairro de Uvaranas (Acamaruva). Aproximadamente 30 pessoas são beneficiadas pelo projeto. 

Promovido junto à Associação desde 2019, o projeto desenvolvido pelos alunos extensionistas da Farmácia Escola da UEPG entrega aos trabalhadores produtos cosméticos ou de higiene, manipulados pelos próprios acadêmicos, com a finalidade de promover cuidados básicos com a saúde, buscando melhorias na qualidade de vida.

Segundo Patrícia Mathias Boscardin, professora coordenadora do projeto, a ação extensionista surgiu com o objetivo de integrar os alunos à proposta. “Aplicamos o conhecimento técnico-científico dos acadêmicos para a manipulação dos produtos cosméticos e no planejamento e execução das ações, envolvendo a conscientização e orientação dos trabalhadores da Acamaruva”,  explica.

Por conta da pandemia, o grupo não realizou atividades presenciais em 2020. Com a vacinação e a diminuição dos casos, o grupo retornou neste ano, no Outubro Rosa, com a palestra “Cuidados com a pele e com as mãos”, além da abordagem sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo de útero. 

Patrícia destaca que, no contexto de pandemia, o projeto ganhou ainda mais importância. “Percebemos a necessidade de agir o mais rápido possível na entrega de cosméticos e produtos de higiene pessoal. Então entregamos também álcool gel preparado pelas acadêmicas de Farmácia, para ajudar na prevenção da Covid-19”, salienta.

Para a professora, o projeto é uma forma de melhorar a qualidade de vida de pessoas que desempenham um trabalho importante e que precisam de atenção sanitária, devido ao risco que o manejo dos materiais recicláveis acarreta para a saúde. “Levar um mínimo de atenção, informações e conhecimentos a esses trabalhadores faz com que eles possam ser os agentes de transformação de suas próprias vidas, cultivando hábitos mais saudáveis e diminuindo o risco de adoecimento por diversas doenças que podem ser evitadas”. O Projeto também possui relevância para os alunos, de acordo com Patrícia. “A importância está justamente no ponto de lançar um olhar humano e sensível às carências de conhecimento e atendimento a esse grupo populacional”, afirma.

Atualmente, participam do projeto quatro acadêmicas de Farmácia: Fernanda Paes Pacheco, Luana Ribas de Bonfim, Vitoria Salles Rosa e Izadora Silva de Melo. E três professoras: Patrícia Mathias Döll Boscardin, Patrícia Mazureki Campos e Jaqueline Carneiro, todas do departamento de Ciências Farmacêuticas.

Até o início de 2020, o projeto realizava as ações com a Associação mensalmente ou a cada 45 dias. A professora Patrícia esclarece que a ideia é manter a frequência de visitas para os próximos meses. Os temas abordados nas palestras com os catadores são sugeridos por eles ou são propostos pela equipe do projeto. 

Texto: Julio César Prado       Foto: Fábio Ansolin


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