Uma tarde inteira de contato direto entre comunidade e Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Assim foi a última sexta-feira (25), na Ocupação Ericson
Em um canto, crianças com o lápis de cor em mãos. No outro, adultos recebiam atendimentos em saúde e orientações jurídicas. Aline Caroline Rodrigues, do curso de Serviço Social, estava ao lado dos pequenos. Não era uma simples atividade de pintura, mas uma forma de conhecer e entender a realidade das crianças. “É um bairro vulnerável, mas também acolhedor, com suas demandas que precisam ser ouvidas”. Estar próxima da comunidade é conhecer novas realidades. “Faz com que tenhamos um olhar mais amplo para a cidade”.
Unir os projetos dos cursos é uma forma de potencializar o que é feito em extensão pela Universidade, como ressalta a professora do curso de Serviço Social, Cleide Lavoratti. “A ideia é que a gente consiga articular essas ações, tendo em vista a própria função social da UEPG frente às demandas sociais emergentes”. A extensão, segundo ela, potencializa até mesmo o trabalho de pesquisa, “porque motiva os alunos a conhecer sobre outras realidades sociais, além do ensino na própria sala de aula, porque o acadêmico percebe que precisa estudar mais, para que consiga devolver para comunidade ações mais competentes”.
Sair do ambiente de sala de aula é a oportunidade de conhecer de fato a população, segundo o acadêmico de Medicina Marcos Grande. “A gente consegue entender que algumas coisas simples pra gente podem ser algo urgente pra eles, e estar aqui auxilia muito nesse sentido”, relata. Marcos ainda ressalta que ações de extensão como essa são uma forma de adquirir uma bagagem profissional, “além de ser uma obrigação para nós, alunos de instituições públicas”. Para o aluno de Direito, Gustavo Ferreira, saber como lidar com as demandas das pessoas é essencial para formação. “Estar próximo delas vai me ajudar bastante, para entender tudo de maneira prática, e faz com que essas pessoas se sintam vistas pela universidade”.
Texto e fotos: Jéssica Natal