Comissão das Licenciaturas se reúne com pró-reitorias para discutir curricularização da extensão

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O currículo dos cursos de licenciatura, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), está em pauta para definir um novo processo de creditação dos projetos de extensão. O assunto foi abordado em encontro remoto, na última terça-feira (20), que reuniu representantes da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex) e Comissão Permanente das Licenciaturas (Copelic). Durante a reunião, foram discutidos o engajamento dos professores e alunos com novas possibilidades metodológicas e a concepção de extensão na área das licenciaturas. A reunião propõe uma série de debates sobre curricularização com diversos setores do conhecimento.

“Foi um momento muito importante. Nesta reunião, discutimos premissas políticas, sociais e pedagógicas de encaminhamento das ações. A curricularização é um desafio, claro, mas sentimos que a comunidade está atenta aos processos metodológicos a serem trilhados”, declara Édina Schimanski, pró-reitora da Proex. Édina ainda ressalta que mais debates sobre o tema estão com datas marcadas para maio e junho, com convidados especialistas no tema.

Marli de Fátima Rodrigues, presidente do Copelic, explica que existe uma confusão conceitual e teórica sobre a papel da extensão nas universidades, além de dúvidas a respeito da implementação dos 10% da carga horária dos cursos na extensão. “Foi importante a participação do grupo, que vem pensando essas questões na UEPG. A expectativa é de que a discussão se amplie e mobilize os colegiados de curso, para que façam a adequação dos seus projetos pedagógicos, incorporando a extensão como um modo de aprendizagem”. Ainda de acordo com Marli, assim como está sendo feito com a ensino e a pesquisa, o objetivo é que a discussão envolva efetivamente acadêmicos e professores, “para possibilitar o atendimento de anseios e demandas da sociedade, numa ação transformadora”.

Para o pró-reitor da Prograd, Carlos Willians Jaques Morais, não é possível reduzir a extensão universitária a ações operacionais técnicas, mas esta deve ser vista também sob um ponto de vista paradigmático. “Compreendemos a extensão como processo de formação acadêmica e profissional com foco na comunidade. Hoje, temos o desafio de pensar possíveis reformulações de projetos pedagógicos de curso, em que a extensão se articula com o ensino e a pesquisa, e busca preservar o estatuto das diferentes áreas de conhecimento”, completa.

Texto: Jéssica Natal       Foto de capa: Afonso Verner


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