Extensionistas do Fundo Foto Bianchi apresentam plano de ações à nova gestão da Fundação Municipal de Cultura

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Na última quinta-feira (22), extensionistas do projeto Fundo Foto Bianchi, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), apresentaram o plano bianual de desenvolvimento do projeto ao presidente da Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa, Alberto Portugal. A reunião na Casa da Memória Paraná (CMPR) contou com a presença de docentes e estudantes ligados ao projeto e ao Museu Campos Gerais (MCG), além do diretor da unidade, Eduardo Terleski.

Para a professora e coordenadora do projeto, Patricia Camera, a organização e a conservação das chapas de vidro do acervo são práticas que andam em paralelo com outras ações de investigação, que buscam potencializar a função documental das imagens. “A ação conjunta até aqui entre a CMPR e a UEPG tem dado visibilidade aos negativos que documentam a história visual de Ponta Grossa e região desde a primeira década do século 20”, conta.

O encontro, que abordou informações sobre a recente transição do espaço físico do Fundo Foto Bianchi, também mostrou que o acervo deixou de ser um arquivo de visibilidade local para se tornar um caso reconhecido nacionalmente. “Uma das dimensões da curadoria desse que é um dos maiores conjuntos de negativos de vidro do país, é a articulação entre Universidade e Prefeitura Municipal, na salvaguarda, pesquisa e divulgação das imagens”, explica a pesquisadora Camera. O encontro na Casa da Memória ocorreu de forma adaptada, com uso de máscaras e distanciamento, em ambiente ventilado e tempo reduzido, conforme protocolos de prevenção a Covid-19.

O presidente da Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa, Alberto Portugal, acompanhou as apresentações e aprovou a iniciativa. Ele também ressaltou o apoio da Prefeitura no trabalho e pesquisa da Casa da Memória com o Fundo Foto Bianchi. “Nós acreditamos na importância dessa ponte entre UEPG e Fundação Municipal de Cultura. São visões extremamente técnicas que a universidade apresenta e só engrandecem os trabalhos que nós queremos desenvolver nesses quatro anos”, pontua. Para ele, o esforço conjunto deve ser o de “abrir as portas da cultura para mais pessoas, com mais olhares” que possam contribuir.

“Imprescindível ressaltar que esse centro de documentação subsidia diretamente acadêmicos de graduação e pós-graduação de diferentes cursos da UEPG. Desde a criação da CMPR são centenas de estudos e publicações produzidos a partir das pesquisas em seus acervos”, explica o diretor do Museu Campos Gerais, Niltonci Chaves. O diretor também enfatiza que o Fundo Bianchi é importante para a cidade de Ponta Grossa, e que manter diálogos entre os pesquisadores e a nova gestão municipal é fundamental para estabelecer uma relação construtiva na cena cultural do município.

O projeto de extensão “Organização, Diagnóstico e Pesquisa do Fundo Foto Bianchi” iniciou suas atividades em 2014 na UEPG. Gradativamente, a dinâmica de higienização e catalogação dos negativos em vidro desdobrou-se em ações que atingiram o campo do ensino e da pesquisa. “Como consequência, a Casa da Memória Paraná tornou-se uma vitrine para instituições que possuem acervos fotográficos e que necessitam fazer o diagnóstico e a curadoria com o objetivo de garantir a conservação e o acesso a este tipo de patrimônio”, destaca Camera.

Em maio, o projeto participa da programação do Museu Campos Gerais, na 19ª Semana Nacional de Museus, evento do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), entre os dias 17 e 21. A equipe de pesquisadores do Fundo Foto Bianchi faz conferência on-line sobre técnicas de curadoria de arquivo fotográfico em chapas de vidro.

 

 

Adaptado por: Julio César Prado                       Fotos: Rafael Schoenherr/MCG

 


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