A família que a UEPG formou: pai e filha contam como a Universidade transformou suas vidas

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Orgulho, carinho, emoção. Os sentimentos que cada pai e cada mãe sentem ao ver a formatura do filho em um curso de graduação estavam expressos também no olhar do Celso e da Jocemara, acompanhados do filho Gustavo, sentados no fundo do hall da reitoria, para acompanhar a transmissão ao vivo da formatura institucional da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na segunda-feira (07). A filha, Sabrina Bogos dos Santos, foi sorteada para representar os colegas prestando o juramento durante a solenidade – por isso, recebeu a colação de grau de forma presencial.

Mas todos esses sentimentos tinham um gostinho a mais de “família”, para Celso Ferreira dos Santos. Ele, que trabalha na UEPG há 28 anos, se sente orgulhoso por atuar na instituição que formou a filha. “Sinto-me honrado em fazer parte da grande família UEPG e de saber que de alguma forma contribuo para o funcionamento da Instituição como um todo e, consequentemente, para a formação dos profissionais”, diz o servidor, que atua na Pró-Reitoria de Recursos Humanos (PRORH).

De origem humilde, Celso foi o primeiro da família a concluir um curso de nível superior, motivado pelos pais. “Isso trouxe muito orgulho para meus pais e acredito que também incentivou outras pessoas da família a ingressarem no ensino superior”, conta. “Foi emocionante ver minha filha vencendo mais uma etapa da vida, tornando-se mais uma graduada na família, o que considero um acontecimento muito importante”.

O pai

Celso foi acadêmico de Administração da UEPG, entre 1988 e 1991. Em maio de 1993, retornou à Universidade como Auxiliar Administrativo no Centro de Processamento de Dados (CPD). No ano seguinte, um novo concurso, para assistente administrativo, o levou à Seção de Cadastro da Divisão de Recursos Humanos, atual PRORH. Em dois novos concursos, passou a ser Técnico Administrativo e, depois, Administrador. “Mesmo passando a ocupar outros cargos, a minha lotação permaneceu sendo a Recursos Humanos”.

“Tenho um enorme orgulho em trabalhar em uma Instituição pública que tem um importante papel no desenvolvimento da região dos Campos Gerais”, declara. Sobre os filhos, ele já decreta: “se dependesse da minha vontade, seguiriam para o mesmo caminho, mas é claro que isso depende deles”.

A UEPG, formada por diversas famílias, passa também a compor a família de seus servidores, professores e alunos. “A Universidade na verdade é uma extensão da minha família, pois é nela que passo grande parte de meu tempo e nela encontrei um ambiente saudável para trabalhar, que ao mesmo tempo me proporcionou conhecer pessoas extremamente competentes e comprometidas a bem servir à sociedade”. Já são 28 anos de atuação na UEPG, dos quais ficam diversas amizades, não limitadas ao ambiente de trabalho. “Nossas famílias interagem, formando um laço de amizade ainda mais sólido e duradouro. Mesmo depois das aposentadorias de alguns amigos tenho procurado cultivar essas amizades, pois elas fazem parte da minha história na Instituição”.

A filha

Na última semana, Sabrina se formou em Licenciatura em Química. A escolha foi uma influência, ao mesmo tempo, do pai e da mãe: “Ingressar em uma universidade sempre foi um dos meus desejos, ainda mais na mesma instituição que meus pais se formaram e que meu pai atua como servidor. Desde muito pequena acompanhei minha mãe, que também é professora, porém da Educação Infantil, e me conectei com a Arte de Ensinar”.

Encantada com a Química desde o último ano do Ensino Fundamental, ela escolheu unir a licenciatura, área que é base para as demais profissões, com o estudo das matérias e de suas transformações. “Durante a realização do curso participei do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), no qual tive a oportunidade de vivenciar o dia a dia de um professor em sala de aula e observar as diversas dificuldades encontradas nesta profissão”, lembra, ainda, a graduada.

Durante o tempo na Universidade, Sabrina também agregou pessoas à sua “família UEPG”. “Conheci pessoas incríveis que me agregaram conhecimentos tanto para vida profissional quanto pessoal. Foram quatro longos anos de muito companheirismo, responsabilidades, esforço e desespero, ainda mais no contexto pandêmico em que se vive”.

O sentimento, após formada? “Me despeço da instituição com um sentimento enorme de dever cumprido, porém não posso dizer adeus e sim um até logo, pois conhecimento nunca é demais!”.

Texto: Aline Jasper | Fotos: Luciane Navarro
Essa reportagem faz parte de uma série de perfis de servidores, alunos e professores da UEPG.


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