O evento foi organizado pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), Comissão Permanente das Licenciaturas (Copelic) e também pelos Cursos de Licenciatura da UEPG. Eles também contaram com o apoio do Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância (Nutead). A cada ano, o Fórum é desafiado a pensar em temas que possam representar o momento vivenciado pela educação no país, com temas que proporcionem debates e reflexões sobre a formação de professores. A professora Lucimar Araujo Braga, diretora da Copelic, enfatiza que a escolha do tema aconteceu após debates dentro do grupo: “a Universidade e os cursos que formam professores são os maiores interessados em entender melhor esse movimento negacionista”.
O Fórum é um dos principais eventos promovidos pela Prograd e Copelic e, dentre os momentos interativos do evento, Miguel destaca a possibilidade do encontro em proporcionar conversas e opiniões distintas. “O Fórum promove debates importantes, atingindo o objetivo do encontro, que é debater academicamente sobre os percalços do processo da formação docente”. Passaram pelo Fórum pelo menos 300 pessoas, com destaque para a mesa de debates com a professora Vanda Bandeira Santana, secretária do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, e a palestra com o professor Marcelo Knobel, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que abordou a importância do combate às mentiras que ignoram fatos científicos e são base para os movimentos negacionistas.
Para o pró-reitor, a valorização do docente, enquanto instrumento do combate ao negacionismo e a elaboração de novos mecanismos para que o desejo de ser professor aumente na comunidade, é um desafio para os próximos anos. “A recuperação da valorização docente é um processo que irá levar um certo tempo para ser transformado, mas que necessita de ações como a acontecida no Fórum, com a participação de professores, acadêmicos e toda a comunidade”, reitera Miguel Archanjo. Dentre as conclusões, fruto do evento, para Lucimar, “ficou evidenciado que há muito o que ser feito, principalmente na valorização da ciência, pela sociedade em geral, pois é a partir daí que o negacionismo poderá ser percebido com algo maléfico, não só para a economia e a política, mas principalmente para a educação”, reforça.
Falar sobre o negacionismo dentro dos ambientes acadêmicos, para Miguel, foi fundamental. “Isto se torna cada vez mais importante, pois atualmente se acentuou os debates nas redes sociais, que são pautados por posicionamentos pessoais; cabe também à academia discutir temas sensíveis a partir dos conhecimentos científicos e este foi o ponto alto desta edição”, completa.
Texto: Amanda Santos | Foto: Maurício Bolette